Rebelião em presídio de Manaus deixa dezenas de mortos
Confusão teria começado com uma disputa entre integrantes de duas facções criminosas rivais
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“O que verificamos ontem é mais uma guerra do tráfico pelo espaço e pelo dinheiro decorrente dessa atividade criminosa que tem afetado todo o Brasil, não só no Amazonas. A resposta, no meu entender, tem que ser dado pelo governo federal. (…) Conseguimos debelar e evitar várias rebeliões, mas ontem não conseguimos e cerca de 60 vidas foram ceifadas de maneira muito violenta. Optamos por negociar e, por isso, salvamos muitas vidas. Todas vidas que foram ceifadas devido a essa briga entre facções”, afirmou o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes.
Agentes carcerários feitos reféns foram libertados após negociação entre os líderes da rebelião e autoridades. Procurada pela Agência Brasil, a empresa contratada pelo governo para administrar a unidade, Umanizzare, não comentou a situação. Segundo o site da empresa, o complexo abriga 1.072 internos.
A rebelião começou no início da tarde de domingo. Durante entrevista coletiva concedida poucas horas após o começo do tumulto, o secretário estadual de Segurança Pública, Sérgio Fontes, afirmou que, pelo menos seis, detentos tinham sido mortos e dez funcionários da Umanizzare, além de vários presos, tinham sido feitos reféns. O secretário revelou que corpos decapitados foram atirados para fora da unidade.
As autoridades estaduais ainda vão investigar as causas do motim, mas a suspeita é que a rebelião foi motivada por uma disputa entre integrantes de duas facções criminosas rivais.
• Confira o relato do juiz que negociou com os presos