Rebelião em presídio de Manaus deixa dezenas de mortos

Rebelião em presídio de Manaus deixa dezenas de mortos

Confusão teria começado com uma disputa entre integrantes de duas facções criminosas rivais

Agência Brasil

Rebelião durou mais de 17 horas em Manaus

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Chegou ao fim, após mais de 17 horas, a rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM). As autoridades estaduais ainda não divulgaram informações oficiais, mas a imprensa local fala em dezenas de mortos e feridos. Uma entrevista está agendada para as 12h (horário de Brasília) desta segunda-feira.

“O que verificamos ontem é mais uma guerra do tráfico pelo espaço e pelo dinheiro decorrente dessa atividade criminosa que tem afetado todo o Brasil, não só no Amazonas. A resposta, no meu entender, tem que ser dado pelo governo federal. (…) Conseguimos debelar e evitar várias rebeliões, mas ontem não conseguimos e cerca de 60 vidas foram ceifadas de maneira muito violenta. Optamos por negociar e, por isso, salvamos muitas vidas. Todas vidas que foram ceifadas devido a essa briga entre facções”, afirmou o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes.



Agentes carcerários feitos reféns foram libertados após negociação entre os líderes da rebelião e autoridades. Procurada pela Agência Brasil, a empresa contratada pelo governo para administrar a unidade, Umanizzare, não comentou a situação. Segundo o site da empresa, o complexo abriga 1.072 internos.

A rebelião começou no início da tarde de domingo. Durante entrevista coletiva concedida poucas horas após o começo do tumulto, o secretário estadual de Segurança Pública, Sérgio Fontes, afirmou que, pelo menos seis, detentos tinham sido mortos e dez funcionários da Umanizzare, além de vários presos, tinham sido feitos reféns. O secretário revelou que corpos decapitados foram atirados para fora da unidade.

As autoridades estaduais ainda vão investigar as causas do motim, mas a suspeita é que a rebelião foi motivada por uma disputa entre integrantes de duas facções criminosas rivais.

Confira o relato do juiz que negociou com os presos


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