Remoções do Central devem levar em conta domínio das facções, adverte promotor
Superintendente da Susepe, Gelson Treisleben, descartou problemas nas transferências
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Com atuação na Promotoria de Justiça de Execução Criminal, Bortolotto comentou que o poder dos presos dentro do Central interfere, inclusive, na distribuição de apenados pelas galerias. Ele explicou que o destino dos presos também precisa ser avaliado para que se evitem confrontos e depredações em outras unidades prisionais. “Para que essas transferências sejam realizadas pacificamente… sabemos que as pessoas que vão atuar nisso têm ciência e consciência de que esse problema (poder das facções) existe”, completou.
O Superintendente da Susepe, Gelson Treisleben, descartou problemas nas transferências porque todos os presos terão melhores condições de aprisionamento e, consequentemente, o Estado mais condições para impor as regras.
A retirada dos detentos do Presídio Central deve recomeçar na segunda-feira. O objetivo inicial é esvaziar o Pavilhão C para começar a demolição em 20 dias. Serão transferidos cerca de 380 presos para Montenegro. O Central comporta 2.069 apenados e está com 3.994. Já foram transferidos 500 presos para Montenegro, em junho.
A intenção é terminar com a superlotação até o fim do ano. O Central chegou a abrigar 5,2 mil presos em novembro de 2010. A atual gestão garante criar 6.340 novas vagas entre o que já foi entregue e o que prevê inaugurar.