O governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), se solidarizou nesta segunda-feira com os familiares de Gabriel Marques Cavalheiro, após o resultado do laudo com informações sobre como ocorreu o óbito do jovem em São Gabriel. De acordo com o documento, ele morreu por hemorragia interna, provocada por um objeto contundente. O sangramento ocorreu a partir de golpes dados na coluna cervical, na região da nuca.
"O resultado desse laudo me causa muita indignação. É importante salientar que desde o primeiro momento o compromisso do Estado era com apuração, a exaustão desse fato, e é exatamente isso que nós estamos vendo nesse momento, embora lamentando tudo isso", destacou. "Os policiais envolvidos nessa abordagem estão desde o primeiro momento com decretos de prisão preventiva, tanto da justiça militar, quanto da justiça civil. Tudo aquilo que cabia ao Estado fazer, está sendo feito", acrescentou.
Conforme o chefe do Executivo estadual, cada vez mais o governo do RS procurará trabalhar na qualificação e na formação continuada dos agentes de segurança pública. "A atitude desses policiais é algo que não representa a ação e a conduta da Brigada Militar do Rio Grande do Sul", pontuou.
Coletiva
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, Secretaria da Segurança Pública do Estado, a Brigada Militar, a Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias (IGP) relataram que Gabriel já estava morto quando foi deixado em um açude em São Gabriel, descartando a hipótese de morte por afogamento.
O Inquérito Policial Militar (IPM) feito pela BM será finalizado ainda nesta segunda-feira, enquanto a investigação da Polícia Civil (PC) será concluída na próxima quinta-feira. Inicialmente, a apuração aponta para, em tese, homicídio doloso, com várias qualificadoras.
Correio do Povo