Schirmer diz que "tem que apurar bem" decisão da BM de não fazer custódia de paciente

Schirmer diz que "tem que apurar bem" decisão da BM de não fazer custódia de paciente

Um jovem, de 19 anos, foi assassinado por engano no Hospital Centenário, em São Leopoldo

Correio do Povo

Quarto onde jovem foi assassinado por engano

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O secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Cezar Schirmer, disse que é preciso investigar a decisão do 25º Batalhão de Polícia Militar de não manter uma viatura fixa no Hospital Centenário, em São Leopoldo, após solicitação da casa de saúde na quinta-feira. O local foi alvo de criminosos que acabaram matando um jovem, de 19 anos, por engano. O alvo da ação era um homem que deixou o sistema penitenciário em 17 de outubro e que também estava internado no local.

"Tem que apurar bem a circunstância específica. O mundo do crime é ousado. É cada vez mais agressivo", disse o secretário nesta sexta-feira, durante a divulgação do balanço parcial da 3ª Operação Fronteira Sul, ocorrida na sede do Comando Militar do Sul.

• Assassinado por engano, paciente deveria ter saído na quinta do Hospital Centenário

Na quinta-feira, o Hospital Centenário solicitou que a BM reforçasse o efetivo no local, já que um dos pacientes estaria recebendo ameaças de morte. O homem havia sido alvo de uma tentativa de homicídio na quarta-feira, o que o levou ao hospital. Ele foi atingido por um tiro no tórax.

De acordo com o comandante do 25º BPM, Carlos Daniel Coelho, a BM foi à casa de saúde na tarde de ontem e conversou com o paciente, que teria negado que estava sendo ameaçado de morte. "Mesmo assim, fizemos rondas durante a noite. E assim permanecemos durante a madrugada. E quando saímos do hospital, meliantes entraram e acabaram vitimando outro paciente", explicou.

• Desde 2014, 11 pacientes foram executados dentro de hospitais gaúchos

O subcomandante geral da Brigada Militar, coronel Eduardo Biacchi Rodrigues, defendeu a posição do comandante e explicou que decisões como essa são difíceis. Segundo ele, no caso de São Leopoldo, duas viaturas fazem o policiamento de 100 mil pessoas e tirando um dos veículos da rua, milhares de moradores estariam desprotegidos. 

“Uma pessoa que não está presa não tem previsão de custódia”, destacou Biacchi, ressaltando que o alvo dos criminosos havia sido libertado do sistema prisional na metade de outubro. Ele explicou ainda que, caso houvesse custódia, o policial estaria no mesmo quarto que o homem que seria o alvo dos criminosos e não no primeiro andar, onde o crime foi cometido.

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