"Se ficasse no local, seria linchado", diz motorista que atropelou ciclistas

"Se ficasse no local, seria linchado", diz motorista que atropelou ciclistas

Ricardo Neis prestou depoimento à Polícia Civil

Rádio Guaíba e Correio do Povo

Ricardo Neis prestou depoimento à Polícia Civil na tarde desta segunda-feira

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O motorista responsável pelo atropelamento de ciclistas em Porto Alegre, na última sexta, justificou o ato alegando que estava sendo ameaçado pelos integrantes do Massa Crítica antes de avançar seu Golf preto sobre o grupo. “Eles estavam batendo no carro (durante a marcha). Se eu ficasse ali, seria linchado”, afirmou o bancário Ricardo Neis, após depoimento à Polícia Civil nesta segunda.

Neis saiu do depoimento escoltado por policiais e chegou a se irritar com as primeiras perguntas dos jornalistas. Segundo ele, antes do atropelamento houve discussão e os ciclistas teriam agido de forma violenta.

“Poderíamos ter feito tudo de forma ordeira, mas eles bateram no carro. Quando houve uma brecha, tentei avançar e eles agrediram violentamente, deram vários socos. Me desesperei e queria sair dali o mais rápido possível”, disse.

Neis negou ainda que tenha abandonado o Golf, localizado abandonado no bairro Partenon, no sábado, uma vez que os documentos permaneceram no carro. O bancário admitiu, no entanto, que se arrepende do que fez e que tentava proteger o filho, de 15 anos, que também estava no carro.

Segundo o advogado do motorista, Luís Fernando Coimbra Albino, Neis ficou chocado com as imagens do atropelamento e não tomaria a mesma atitude novamente. O defensor não soube dizer se o filho de seu cliente prestará depoimento sobre o caso. Segundo Albino, o bancário ainda não foi indiciado e deve apenas ficar à disposição da polícia.

Veja as imagens do atropelamento:


Em mapa, confira o local do atropelamento


Visualizar Ciclistas são atropelados por carro no bairro Cidade Baixa em um mapa maior

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