Secretaria de Saúde confirma 12 mortes em escola no Rio

Secretaria de Saúde confirma 12 mortes em escola no Rio

Atirador matou 10 meninas e dois meninos e também morreu no local

Correio do Povo e AE

Secretaria de Saúde confirma 12 mortes em escola no Rio

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A Secretaria Estadual de Saúde confirmou às 21h10 desta quinta a morte de mais um estudante, um menino, no ataque à escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, na manhã desta quinta-feira. Com isso, chega a 12 o número de vítimas de Wellington de Oliveira, que também morreu no local. As informações são do site R7.

A polícia havia divulgado que o número exato de vítimas tinha chegado a 13. O IML corrigiu para 11. A Secretaria de Saúde noticiou nesta noite a morte do segundo menino.

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Wellington é ex-aluno da escola e invadiu pelo menos duas salas de aula atirando. A ação só foi interrompida com a chegada de policiais. Um agente atirou na perna do assassino, que se matou em seguida. Os 13 feridos foram levados para os hospitais Albert Schweitzer, Adão Pereira Nunes, Universitário Pedro Ernesto, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia e hospital da Polícia Militar.

Ao todo, o atirador matou 10 meninas e dois meninos, dos quais 11 já foram identificados. Veja abaixo a lista com os nomes.

1- Karine Lorraine Chagas de Oliveira, 14 anos
2- Rafael Pereira da Silva, 14 anos
3- Milena dos Santos Nascimento, 14 anos
4- Mariana Rocha de Souza, 12 anos
5- Larissa dos Santos Atanázio, 13 anos
6- Bianca Rocha Tavares, 13 anos
7- Luiza Paula da Silveira Machado, 14 anos
8- Laryssa Silva Martins, 13 anos
9- Géssica Guedes Pereira (aguardando documento)
10- Samira Pires Ribeiro, 13 anos
11 - Ana Carolina Pacheco da Silva, 13 anos

Atirador deixou carta

Em entrevista nesta tarde, o deputado estadual Zaqueu Teixeira (PT), presidente da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa do Rio, que esteve no local do crime, afirmou que as crianças foram acuadas pelo assassino, e depois executadas, com tiros disparados de cima para baixo. Na avaliação do deputado, o fato de a maior parte das vítimas ser menina não é uma casualidade. "Não tem como não ser proposital uma quantidade de meninas tão grande", afirmou.

Segundo Teixeira, o atirador teria utilizado um dispositivo para facilitar o carregamento do revólver. "No tempo que ele levaria para colocar uma munição, ele colocou seis". O político disse ainda que, apesar de esse ter sido um fato incomum no País, é preciso buscar medidas preventivas.

O atirador, Wellington Menezes de Oliveira, deixou uma carta antes do ataque à escola. No texto ele diz que "nenhum impuro pode ter contato com um virgem sem sua permissão". Segundo o psiquiatra forense Marcos Gebara, a avaliação isolada da carta, sem informações prévias do autor, não permite que se faça um diagnóstico do atirador. Mas, para ele, "aparentemente" o texto foi escrito por uma pessoa sob um "surto psicótico paranoide delirante alucinatório". "É como se a pessoa tivesse recebido uma missão, que sabia como executar. Inclusive ele prevê a maneira como as pessoas deveriam lidar com ele já morto", comenta.

De acordo com Gebara, não há sinais de que Oliveira tenha transtorno de personalidade. "O sociopata sempre foi assim. É uma pessoa ruim, indiferente aos sentimentos alheios. Já o psicótico é uma pessoa normal, que de repente entra em surto. Ao que me parece, é o caso desse rapaz".

Um vídeo feito por um celular e postado no YouTube no início da tarde desta quinta-feira mostra cenas da tragédia:




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