Seis testemunhas do caso Bernardo são ouvidas em Frederico Westphalen

Seis testemunhas do caso Bernardo são ouvidas em Frederico Westphalen

Réu Evandro Wirganovicz foi inocentado em depoimentos

Agostinho Piovesan

Seis testemunhas do caso Bernardo são ouvidas em Frederico Westphalen

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Seis testemunhas do caso que apura a morte do menino Bernardo Boldrin foram ouvidas nesta quarta-feira pelo titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Frederico Westphalen, juiz de Jairo Cardoso Soares. Ao total, oito pessoas foram arroladas pelos defensores de Evandro e Edelvânia Wirganovicz, mas houve duas desistências. Todas apontadas pela defesa do réu.

As testemunhas - vizinhos e colegas de trabalho de Evandro Wirganovicz - abonaram o comportamento do acusado. Elas relataram que conhecem a área onde o corpo do menino foi enterrado, às margens de um rio em Frederico Westphalen, no Norte gaúcho. Apontaram que o local é um matagal, arenoso e cheio de pedras, fácil de cavar um buraco. Sobre a cova rasa onde o corpo foi colocado, informaram que ficaram sabendo da sua existência depois, quando o caso foi divulgado pela imprensa.

Nesta sexta-feira, será cumprida mais uma carta precatória do caso, na Comarca de Porto Alegre. Uma testemunha deverá depor na 1ª Vara do Júri, no Foro Central (prédio I), às 16h. Já no dia 17, haverá audiência em Passo Fundo, no Planalto Médio.

Ainda está prevista a inquirição de testemunhas em Santa Maria e em Itapema (SC), mas as datas não foram definidas. Nesta fase do processo, estão sendo ouvidas as testemunhas arroladas pelas defesas dos quatro réus.

Caso Bernardo


Bernardo Boldrini, 11 anos, desapareceu em 4 de abril, em Três Passos, e teve o corpo encontrado na noite do dia 14, em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado às margens de um rio. Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta, admitiu o crime e apontou o local onde a criança foi enterrada.

O pai do menino, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica (apenas Leandro).

A polícia sustenta a tese de que Graciele e Edelvânia executaram o homicídio usando doses do medicamento Midazolan – a madrasta porque entendia que o menino era um “estorvo” para o relacionamento entre ela e Leandro Boldrini, e Edelvânia em troca de dinheiro, para comprar um apartamento. Ainda segundo o inquérito, Boldrini também teve participação na morte fornecendo o medicamento controlado em uma receita assinada por ele, na cor azul. Já Evandro se tornou o quarto réu do caso, pela suspeita de ter ajudado a fazer a cova onde o corpo do menino foi enterrado.


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