Senegalês atacado em Santa Maria segue para Caxias do Sul

Senegalês atacado em Santa Maria segue para Caxias do Sul

Dinheiro arrecadado em vaquinha vai ser usado para comprar passagem de retorno do imigrante ao seu país

Rádio Guaíba

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Depois de ter o corpo queimado em um assalto ocorrido no fim de semana, no bairro Itararé em Santa Maria, o senegalês Cheikh Oumar Foutyou Diba, de 25 anos, deixou o município da região Central e seguiu para Caxias do Sul, onde vai ser acolhido pela Associação de Senegaleses existente na cidade. Servidores da Prefeitura de Santa Maria fizeram o transporte do imigrante até o município serrano.

De Caxias, o presidente da Associação, Abdou Lahat Noiaye, entrou em contato por telefone com o servidor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Leandro Minato, que organizou uma vaquinha online para angariar fundos em favor do imigrante. A partir daí, solicitou a transferência do valor arrecadado para a conta dele, com a finalidade de comprar a passagem para que Diba retorne ao Senegal.

De acordo com Noiaye, o jovem mostrou intenção de rever a família, no país de origem, para só depois voltar ao Brasil. O mutirão angariou R$ 7,8 mil, 157% a mais que a previsão inicial, que era de R$ 5 mil, a fim de repor os R$ 500 e a maleta de bijuterias roubadas do senegalês. O site teve mais de 3,1 mil visitas e mais de 200 pessoas realizaram doações.

De acordo com o que relatou à Polícia, Diba dormia na rua porque não havia conseguido chegar ao albergue a tempo de passar a noite. O caso gerou repercussão nacional. A presidente Dilma Rousseff repudiou, através do Twitter, a agressão, e ordenou que a Polícia Federal (PF) auxilie na investigação.

O delegado regional da Polícia Civil, Sandro Meinerz, confirmou que Diba está em condição regular no Brasil. O homem havia pedido asilo, que foi negado. Como recorreu, teve a permissão de ficar no país até o julgamento.

Meinerz também confirmou que o auxílio da PF, que já contribuiu com a cedência de peritos nesta terça-feira, não impede que a PC finalize o inquérito. As investigações, porém, ainda não avançaram. Não há câmeras de monitoramento que tenham flagrado o crime. Diba depôs duas vezes antes de deixar Santa Maria, mas não conseguiu detalhar o ataque ou apontar suspeitos.

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