Senegalês atacado em Santa Maria segue para Caxias do Sul
Dinheiro arrecadado em vaquinha vai ser usado para comprar passagem de retorno do imigrante ao seu país
publicidade
De Caxias, o presidente da Associação, Abdou Lahat Noiaye, entrou em contato por telefone com o servidor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Leandro Minato, que organizou uma vaquinha online para angariar fundos em favor do imigrante. A partir daí, solicitou a transferência do valor arrecadado para a conta dele, com a finalidade de comprar a passagem para que Diba retorne ao Senegal.
De acordo com Noiaye, o jovem mostrou intenção de rever a família, no país de origem, para só depois voltar ao Brasil. O mutirão angariou R$ 7,8 mil, 157% a mais que a previsão inicial, que era de R$ 5 mil, a fim de repor os R$ 500 e a maleta de bijuterias roubadas do senegalês. O site teve mais de 3,1 mil visitas e mais de 200 pessoas realizaram doações.
De acordo com o que relatou à Polícia, Diba dormia na rua porque não havia conseguido chegar ao albergue a tempo de passar a noite. O caso gerou repercussão nacional. A presidente Dilma Rousseff repudiou, através do Twitter, a agressão, e ordenou que a Polícia Federal (PF) auxilie na investigação.
O delegado regional da Polícia Civil, Sandro Meinerz, confirmou que Diba está em condição regular no Brasil. O homem havia pedido asilo, que foi negado. Como recorreu, teve a permissão de ficar no país até o julgamento.
Meinerz também confirmou que o auxílio da PF, que já contribuiu com a cedência de peritos nesta terça-feira, não impede que a PC finalize o inquérito. As investigações, porém, ainda não avançaram. Não há câmeras de monitoramento que tenham flagrado o crime. Diba depôs duas vezes antes de deixar Santa Maria, mas não conseguiu detalhar o ataque ou apontar suspeitos.