Serviço de segurança aponta que PCC atua com mais de mil integrantes em Portugal

Serviço de segurança aponta que PCC atua com mais de mil integrantes em Portugal

Relatório também confirma presença de ao menos 20 membros da organização criminosa nas prisões portuguesas

Marcel Horowitz com informações do R7

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A facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) conta com mais de mil integrantes em Portugal, apontou um relatório do Serviço de Informações de Segurança do país (SIS). De acordo com a CNN de Portugal, o documento foi apresentado em duas reuniões promovidas pelo SIS, nas qual também foi confirmada a presença de ao menos 20 membros da organização criminosa nas prisões portuguesas. Ainda segundo o registro, o grupo controlaria a logística de desembarque, armazenamento e distribuição de carregamentos de cocaína, por via terrestre, de Portugal para outros países da Europa. 

A presença do PCC em Portugal seria predominante sobretudo na margem sul do rio Tejo, pelo fato de Portugal considerada pelos traficantes como a porta de entrada de cocaína no continente europeu, sendo que drogas enviados pelo grupo para Portugal teria como destino os portos de Sines e de Lisboa.

O relatório mostra ainda que o aumento da presença do PCC em Portugal fez crescer também os índices de violência no país, com o aumento de registros de tiroteios, homicídios e tentativas de homicídios. Uma das razões para esse fenômeno seriam as brigas entre integrantes da facção e grupos rivais, que tentam desviar a droga.

Além do PCC, o relatório da SIS destaca que existem outros criminosos brasileiros que disputam o controle pelo tráfico de drogas na Europa. Um exemplo seria a quadrilha de liderada por Sérgio Roberto de Carvalho, um ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. Um dos maiores exportadores de cocaína do Brasil para Portugal, o traficante cumpre pena na Bélgica. 

Carvalho, conhecido na Europa como Major Carvalho ou "Escobar Brasileiro", em referência ao colombiano Pablo Escobar, liderava uma quadrilha de narcotraficantes responsável pelo envio de 45 toneladas de cocaína à Europa. No total, o bando comandado pelo brasileiro movimentou o equivalente a R$ 2,25 bilhões.


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