Servidor do Detran-RS é preso em operação contra vazamento de dados a facção em Porto Alegre

Servidor do Detran-RS é preso em operação contra vazamento de dados a facção em Porto Alegre

Operação Kynos mira esquema de fraudes e clonagem de veículos

Marcel Horowitz

Operação Kynos prendeu funcionário do Detran-RS por vazamento de dados a facção

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Um servidor público foi preso preventivamente por fornecer informações do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS) a uma facção com origem no bairro Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre. Ele é um dos alvos da Operação Kynos, deflagrada nesta terça-feira. Quatro pessoas foram presas até o momento.

Buscas foram realizadas na sede do Detran-RS, na rua Washington Luiz, no Centro Histórico da Capital, e nas casas dos suspeitos. As diligências também ocorreram em Canoas e no sistema prisional, em Charqueadas, onde um detento comandava o esquema.

Teria sido o próprio Detran que denunciou o funcionário. Conforme a Polícia Civil, ele atuava a mando da organização criminosa para legalizar veículos irregulares. A instituição apura o envolvimento dele em crimes de falsificação de documentos públicos e particulares, clonagem de automóveis, violação de sigilo profissional e estelionato.

Conforme o chefe de Polícia, delegado Fernando Sodré, o Detran está colaborando de forma célere e efetiva com o trabalho da PC. “O Detran-RS é uma vítima, tendo as investigações sido iniciadas por conta da Corregedoria do Detran que está nos auxiliando nas investigações”, ressaltou o Chefe.

Participam da ação 40 agentes e três delegados do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), divididos em 12 viaturas. Eles cumprem oito mandados de busca e seis ordens de prisão preventiva.

A ofensiva decorre de 15 meses de investigações, coordenadas pela 1ª Delegacia de Combate à Corrupção do Deic, sob comando do delegado Max Otto Ritter. A suspeita é que o funcionário do Detran-RS tenha fornecido informações privilegiadas e senhas ao grupo criminoso.

“Vamos realizar os interrogatórios dos alvos e a análise dos objetos apreendidos, a fim de se comprovar a materialidade dos crimes e os indícios de autoria dos integrantes da organização criminosa”, destacou Max Otto Ritter.

Ainda segundo o delegado, o esquema seria coordenado por um detento na Penitenciária Estadual do Jacuí (Pej). Conhecido como ‘Cris’ ou ‘Alemão’, ele foi alvo de novo mandado de prisão preventiva.


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