Servidores da Polícia Civil organizam protesto contra excesso de operações

Servidores da Polícia Civil organizam protesto contra excesso de operações

Policiais também reivindicam reposição salarial e de efetivo, promoções na carreira e simetria entre os cargos de capitão e comissário

Marcel Horowitz

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Entidades de classe da Polícia Civil preparam uma mobilização contra o que consideram ser excesso de demandas, feitas pelo Executivo Estadual, por operações. O ato, intitulado de 'Marcha da Polícia Civil', está marcado para ocorrer na próxima terça-feira, às 13h, quando os servidores vão participar de uma caminhada do Palácio da Polícia até a Praça da Matriz, no Centro de Porto Alegre. 

O protesto, que tem o apoio da Associação dos Delegados de Polícia (Asdep), é organizado pela Associação dos Comissários de Polícia (ACP), Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sinpol) e pelo Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm). Além desses, o Sindicato dos Policiais Penais do RS (Sindppen) também vai participar da marcha.

De acordo com presidente do Ugeirm, Isaac Ortiz, os policiais também reivindicam reposição salarial e de efetivo, promoções na carreira e a simetria entre os cargos de capitão e comissário. "Em quase cinco anos, tivemos apenas 6% de reposição salarial. Há uma defasagem brutal em nossos salários, enquanto todos os salários do primeiro escalão do governo foram reajustados. Também há o atraso das promoções e a falta de definição de data para realizá-las", destacou. 

Sobre o excesso de operações, ainda conforme Ortiz, prevalece a sensação de esgotamento físico e mental na categoria. "Há cobrança por números, para melhorar a imagem do governo. Isso está sugando o nosso sangue, pois não temos diárias e nem horas extras. Além disso, todos os dias há cobrança por resultados mas, em contrapartida, não querem repor o efetivo", afirmou o presidente do Ugeirm. 

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) destacou que o efetivo já foi reforçado com o ingresso de 26 delegados, 125 inspetores e 119 escrivães, além de outros 341 agentes que ainda estão em formação. O comunicado também ressalta que a pasta reconhece o empenho da Polícia Civil no combate à criminalidade e trabalha pelo fortalecimento da corporação, dialogando com as entidades de classe. 

Leia na íntegra a nota da SSP

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) destaca o empenho realizado pela Polícia Civil para auxiliar no combate à criminalidade e trabalha pelo fortalecimento da corporação. O governo estadual e a Polícia Civil reconhecem o direito dos servidores e atua com base em normativas que respeitam a carga horária e escala dos policiais, com compensações pecuniárias e folgas.

Com relação ao quadro de pessoal, a SSP reitera que em 2023 o efetivo foi reforçado com o ingresso de 26 delegados, 125 inspetores e 119 escrivães. Além disso, outros 341 agentes estão em plena formação na Academia de Polícia Civil (Acadepol).

Ao lado do governo estadual, a SSP e a Chefia de Polícia também vêm realizando, desde o início do ano, uma série de reuniões e encontros com as entidades de classe, estreitando o diálogo entre as partes. Houve reuniões com o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil do RS (Ugeirm-Sindicato), a Associação dos Comissários de Polícia do RS (ACP/RS), o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do RS (Sinpol-RS) e a Associação dos Delegados de Polícia do RS (Asdep). As agendas contaram com representantes da SSP, Casa Civil, Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão e chefia da Polícia Civil e visam encaminhar as demandas e solicitações das entidades de classe em face deste reconhecimento institucional.


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