Sete pessoas são indiciadas por crime de tortura em Canoas

Sete pessoas são indiciadas por crime de tortura em Canoas

Crime teria sido praticado contra dois acusados de furtar dois pacotes de picanha dentro de um supermercado

Correio do Povo

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A Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Canoas indiciou sete envolvidos no caso do crime de tortura praticado contra dois acusados de furtar, no dia 12 de outubro deste ano, dois pacotes de picanha dentro de um supermercado na avenida Inconfidência, na área central de Canoas. Tratam-se de dois vigilantes, um gerente, um subgerente e três policiais militares, sendo dois da ativa e um da reserva.

De acordo com o delegado Robertho Peternelli, todos vão responder judicialmente por tortura e extorsão mediante sequestro. O subgerente, porém, foi indiciado também por omissão diante das agressões. Um dos cinco que atuavam como segurança será responsabilizado ainda por supressão de provas ao apagar os arquivos do DVR. Ele não estava no local no dia do fato.

As imagens das câmeras de monitoramento do estabelecimento comercial, que registraram tudo, foram recuperadas depois pelo Instituto-Geral de Perícias. O IGP analisou cerca de 15 horas de gravação. O laudo pericial, de 36 páginas, reuniu mais de 90 fotografias.

Uma das vítimas, com severas fraturas na região da face e que evoluiu para o coma, teve de ser internada em um hospital de Porto Alegre. “Vamos registrar o furto das carnes para a apuração pela delegacia de atribuição", adiantou o delegado Robertho Peternelli.

Logo após o fato e diante da repercussão, a direção do supermercado divulgou uma nota oficial na qual pediu desculpas publicamente pelo episódio. “As agressões são inaceitáveis e não condizem com a sólida história de 22 anos”, manifestou-se a empresa, que anunciou o fim do contrato com a vigilância privada e a demissão dos funcionários envolvidos.


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