Sete são investigados por ritual macabro que teria sacrificado crianças argentinas

Sete são investigados por ritual macabro que teria sacrificado crianças argentinas

Delegado revelou que investigação ainda procura três pessoas que estão foragidas

Correio do Povo

Capa e máscara usadas pelo bruxo durante o ritual

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A Polícia Civil divulgou, nesta segunda-feira, detalhes sobre o suposto ritual de magia negra envolvendo as duas crianças que foram esquartejadas e tiveram partes dos corpos jogadas em estrada no bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo. De acordo com o delegado Moacir Fermino, da 2ª Delegacia de Homicídios da cidade, sete pessoas estão envolvidas no crime, considerado por ele "bárbaro, horrendo e terrível". Quatro estão presas, e outras três seguem foragidas. 

Entre os suspeitos, quatro já estão presos e os outros três com prisão preventiva decretada. Ainda no dia 27 de dezembro, um "bruxo" que teria executado o ritual de sacrifício, foi preso pela Polícia Civil. Ele é renomado na área e já andou por todas as partes do mundo, segundo Fermino. 

Entre os presos estaria um homem que teria encomendado o ritual em busca de prosperidade nos negócios - e o filho dele, que teria participado de rituais no templo localizado em Gravataí. O quarto preso foi detido na sexta-feira. Há ainda três foragidos.

De acordo com o delegado, as crianças seriam da região de Misiones ou Corrientes, na Argentina, e teriam sido trocadas - provavelmente por traficantes - por um caminhão roubado. Elas teriam sido sacrificadas em um ritual encomendado por dois sócios de uma empresa imobiliária de Novo Hamburgo.

Segundo a polícia, os sócios queriam trazer desenvolvimento e prosperidade aos negócios imobiliários, além de venda e compra de veículos. Para realizar o rito macabro, um dos suspeitos que se autodenomina bruxo, teria exigido R$ 25 mil à vista, além das duas crianças de mesmo sangue.

As crianças - irmãos por parte de mãe - teriam sido alcoolizadas, de acordo com o delegado, e depois teriam tido a cabeça decapitada. Os outros membros teriam sido cortados depois. Há suspeita de que os participantes do ritual teriam bebido o sangue delas e ainda de que o menino e a menina teriam sofrido abusos sexuais.

Durante as buscas no templo, a Polícia Civil apreendeu a capa e uma máscara que teria sido usada pelo bruxo durante o ritual e ainda documentos que comprovariam as atividades. Os materiais estariam em um cofre, que a Polícia demorou cerca de cinco horas para conseguir abrir. 

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