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Verão

Especial

Sete torcedores gremistas foram presos pela Polícia Civil por depredarem veículos na Arena

Investigação apontou que planejavam novo tumulto no jogo desta quinta-feira entre Grêmio e São Paulo

Delegadas Adriana Regina da Costa e Laura Lopes falaram na coletiva à imprensa | Foto: Álvaro Grohmann / Especial / CP

Sete torcedores, todos jovens, foram presos temporariamente no âmbito do inquérito da 4ª DP de Porto Alegre que apura a depredação de viaturas e veículos no estacionamento da Arena do Grêmio, após a derrota para o Palmeiras por 3 a 1 no final de outubro. A informação é da delegada Laura Lopes durante entrevista coletiva à imprensa ocorrida na manhã desta quarta-feira no Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), no Palácio da Polícia, na Capital. “Eles planejavam ir no jogo de quinta-feira disfarçados. Estavam planejando onde iam fazer a confusão”, revelou. O jogo será entre Grêmio e São Paulo na Arena. “A ação visa coibir algo mais grave antes que aconteça”, resumiu.

As sete prisões ocorreram com a deflagração da operação Avalanche, que foi realizada em Porto Alegre, Canoas, Pelotas, Bagé e Santa Maria. Houve ainda o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão por cerca de 50 agentes de várias delegacias, sendo recolhidos para análise os telefones celulares dos envolvidos. Segundo a delegada Laura Lopes, um grupo de cerca de 60 torcedores participou da depredação de viaturas do Poder Judiciário e da Polícia Civil, além de veículos particulares. Imagens de câmeras de monitoramento no local possibilitaram a identificação de sete vândalos.

“Um deles está respondendo inclusive a uma tentativa de homicídio a um torcedor que aconteceu há dois anos em Montenegro, em uma briga generalizada entre as torcidas. Ele foi preso na ocasião”, observou a titular da 4ª DP. “Um outro também foi identificado na invasão do gramado”, acrescentou.

“Tem outro que tem envolvimento em briga de torcida, mas a maioria não possui antecedentes graves”, complementou. De acordo com a delegada Laura Lopes, um dos detidos também atuou no dia 1º de setembro deste ano em frente ao Centro de Treinamento Presidente Luiz Carvalho, em Porto Alegre, quando pedras e rojões foram arremessados contra o ônibus da delegação tricolor.

Conforme a delegada Laura Lopes, o inquérito deve ser concluído em dez dias. “Pedimos a prisão tanto pelo tumulto em evento esportivo quanto pela associação criminosa e dano qualificado”, explicou. Alguns dos torcedores presos possuem vínculo com as torcidas organizadas e estão incluídos até sócios do clube. “Eles atiravam tudo o que encontravam pela frente”, resumiu a titular da 4ª DP, citando até o uso do monopé retirado de um dos dois fotógrafos agredidos no tumulto. “Ele foi utilizado para quebrar as viaturas”, apontou. O equipamento já foi devolvido à vítima.

Além da depredação no estacionamento, os torcedores invadiram antes o campo e entraram no túnel do vestiário. Os invasores partiram para cima do banco de reservas e da cabine do VAR, quebrando o local e atirando a tela da TV no chão. Na entrevista coletiva à imprensa, a diretora do DPM, a delegada Adriana Regina da Costa destacou que o incidente atingiu órgãos públicos, referindo-se à depredação das viaturas. “Esta resposta da Polícia Civil é bem importante…”, enfatizou.

Ela adiantou também que o caso da falsa blitz de torcedores gremistas para atacarem um micro-ônibus com colorados que seguiam para o Grenal na Capital, registrada no dia 6 de novembro em São Leopoldo, também está sendo investigado pela Polícia Civil. “Foi um caso muito grave e terá também resultados nos próximos dias”, assegurou.

Já o responsável pela Delegacia de Polícia Regional de Porto Alegre (DPRPA), delegado Nedson Ramos de Oliveira, ressaltou também “a resposta rápida” da instituição em solucionar o fato. “O Poder Judiciário nos alcançou as medidas necessárias à investigação de uma forma bem célere, todas baseadas em muitas provas produzidas”, sublinhou.

Foto: Polícia Civil / CP

Correio do Povo