Site que lesava clientes oferecia tablets por R$ 290

Site que lesava clientes oferecia tablets por R$ 290

Polícia encontrou intimações de Procons de todo o país na sede da empresa, em Porto Alegre<br />

Paulo Tavares / Correio do Povo

Material apreendido pela Delegacia de Repressão da Crimes Informáticos

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A empresa de Porto Alegre suspeita de ter lesado mais de 100 pessoas em todo Brasil, que teve material apreendido na manhã desta sexta-feira pela Delegacia de Repressão da Crimes Informáticos (DRCI), vendia tablets a R$ 290. Na loja, a polícia apreendeu 32 caixas de tablets vazias, que eram enviadas aos consumidores, além de óculos, notebooks e netbooks, caixas com fones de ouvido e as CPUs da empresa.

O site oferecia produtos de grife, como bolsas Louis Vuitton, óculos Ray Ban, entre outros, a um preços um quinto do cobrado no mercado. Todos falsificados. O que mais chamou a atenção foram os tablets, que com as especificações oferecidas custa R$ 560 nas lojas especializadas. “As pessoas têm que desconfiar quando o preço é muito baixo”, aconselhou o  titular da DRCI, delegado Marcínio Tavares Neto. Os compradores dos aparelhos receberam apenas a caixa do equipamento com um fone de ouvido. Em alguns casos, nem a caixa.

Tavares irá pedir à Justiça que tire o site do ar e bloqueie o domínio. Na prática, o site não poderá ser hospedado em nenhuma página no Brasil. No entanto, o bloqueio não impede que o dono da empresa opere a partir do exterior. Também está sendo investigado se existe uma quadrilha por trás deste site. “É um crime comum na internet”, disse o delegado. “Fraudes no e-commerce vem crescendo a cada ano.”

Também foram encontradas intimações dos Procons do Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Minas Gerais, referentes a denúncias de não entrega ou envio de mercadorias falsificadas. A polícia chegou à empresa após dois meses de investigação. O material apreendido foi levado à delegacia.

O dono da empresa já está identificado e responderá por estelionato e e crime contra propriedade material (venda de produtos piratas). Conforme Tavares, o dono da mesma empresa foi ouvido pela políciano ano passado num outro caso de venda fraudulenta. Na época, 300 pessoas em todo país foram vítimas do golpe. Na ocasião, o suspeito negou ter participação no crime.

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