Sobe para 16 número de alunas vítimas de montagem com inteligência artificial em Porto Alegre

Sobe para 16 número de alunas vítimas de montagem com inteligência artificial em Porto Alegre

Suspeitas recaem sobre seis alunos de colégio particular na zona Norte da Capital

Marcel Horowitz

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A Polícia Civil abriu, nesta terça-feira, inquérito sobre a divulgação de montagens envolvendo alunas de um tradicional colégio particular na zona Norte de Porto Alegre. O prazo de conclusão é de 30 dias. Até o momento, foram identificados seis suspeitos e 16 vítimas. Todos os envolvidos são menores de idade e estudam na instituição.

Segundo a investigação, alunas do 9º ano foram alvo de imagens falsas em que surgiam nuas. A suspeita é que fotos delas foram utilizadas para criar adulterações, feitas através de inteligência artificial.

Na segunda-feira, próximo às 11h45min, soldados do 11º BPM foram até a escola e encaminharam os envolvidos à Delegacia de Pronto Atendimento da Divisão Especial da Criança e do Adolescente.

A reportagem tenta contato com o colégio em que os fatos ocorreram. O espaço permanece aberto.

Os suspeitos vão ter os celulares analisados na investigação, que é coordenada pela 3º DP de Proteção à Criança e ao Adolescente. Eles podem responder de acordo com o artigo 241-C do Estatuto da Criança e do Adolescente.

A lei tipifica como crime simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual. A pena é de um a três anos de reclusão, com multa.

Rio de Janeiro

O caso tem semelhanças com o ocorrido no Rio de Janeiro, também em duas escolas particulares, em novembro do ano passado. Na ocasião, 14 alunos do colégio Santo Agostinho e dois, do colégio Eleva Barra da Tijuca, na zona Oeste da capital carioca, tiveram celulares e computadores apreendidos. As buscas ocorreram na casa dos investigados.

Todos são estudantes investigados no RJ cursam o 7º e 9º ano. Pelo menos 20 meninas foram expostas. O caso foi levado à polícia carioca por pais das estudantes, após o compartilhamento das imagens adulteradas em grupos de aplicativo.


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