Substância encontrada em cozinha de escola é veneno de rato

Substância encontrada em cozinha de escola é veneno de rato

Comida intoxicou 37 pessoas, entre elas 22 crianças, na zona Sul da Capital

Correio do Povo

Os alunos são monitorados em relação aos sinais vitais, como batimento cardíaco e pressão

publicidade

A delegada Clarissa Demartini, da Polícia Civil, confirmou que realmente é o raticida Nitrosin a substância encontrada em pacotes ao lado de uma tesoura e uma panela de estrogonofe, servida no almoço da Escola Estadual de Ensino Fundamental Douto Pacheco Prates, no bairro Belém Velho, zona Sul da Capital. Pelo menos 22 crianças foram encaminhadas para socorro médico, das 37 vítimas internadas após ingerir comida tóxica.

Conforme Clarissa, a tese investigada é de envenenamento criminoso, a partir das evidências encontradas no local. Dezessete pessoas foram internadas no Pronto Atendimento da Vila Bom Jesus, sendo dez adultos e sete crianças. No Pronto Atendimento da Lomba do Pinheiro, 15 crianças estão sendo atendidas. Outros cinco adultos foram recebidos no Hospital de Pronto Socorro.

O 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foi acionado pela direção depois que uma das últimas professoras a almoçar desconfiou de grânulos de cor rosa na comida, um estrogonofe. O produto era o mesmo que estava nos sacos localizados na cozinha. A perícia deve determinar a composição do material.

Algumas pessoas reclamaram de mal-estar e dores de cabeça e barriga. Todos foram levados em um ônibus e uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A escola foi isolada e os alunos foram dispensados da aula.

Segundo informações preliminares obtidas pela Polícia Civil, três mulheres trabalham na cozinha e agora se tenta identificar quantas pessoas tinham acesso ao local. Mesmo com a suspeita de que o envenenamento tenha sido intencional, a polícia não descarta a hipótese de descuido.

Exames de sangue

Segundo o setor de pediatria do Pronto Atendimento da Lomba do Pinheiro, o veneno de rato pode alterar a coagulação do sangue, gerando sangramentos de diversos níveis de gravidade. Os alunos são monitorados em relação aos sinais vitais, como batimento cardíaco e pressão.

De acordo com a médica responsável, todas as crianças estão em estado regular e estável. Algumas relataram dores de barriga. Foram realizados exames de sangue para verificar possíveis alterações causadas pelo veneno, mas os resultados ainda não ficaram prontos.

Bookmark and Share

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895