Superintendente lamenta tumulto no Centro, mas diz que operação foi um êxito
Ação da Receita Federal fiscalizou lojas e apreendeu produtos sem nota fiscal
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Segundo ele, os comerciantes que tiveram os bens apreendidos reagiram de "maneira tranquila" à abordagem dos ficais. “A operação foi um êxito. Naturalmente, os incidentes nós lamentamos. Houve tumulto externalmente ao local e a competência para investigar isso é das polícias”, disse Paz. “A avaliação que nós temos, preliminar, é de que os comerciantes que foram fiscalizados receberam isso com muita tranquilidade, até porque vários deles já foram fiscalizados antes”, concluiu.
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A megaoperação da Receita Federal apreendeu cerca de 224 caixas com equipamentos e brinquedos sem nota fiscal e sem o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A ação ocorreu em sete estados brasileiros: Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, além do Rio Grande do Sul. Na Capital gaúcha, a ação foi deflagrada com apoio do Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar (BM) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os fiscais fecharam o prédio do Camelódromo.
Descontentes com a ação, manifestantes derrubaram contêineres da coleta seletiva de lixo nas avenidas Júlio de Castilhos e nas ruas Otávio Rocha e Voluntários da Pátria, espalhando lixo e medo pelas ruas. Aos gritos de "Queremos trabalhar", alguns comerciantes obrigaram lojistas a fecharem os estabelecimentos sob pena de promoverem uma quebradeira generalizada. Apesar da presença da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o protesto bloqueou ruas e afetou o trânsito na área central, causando congestionamentos.
Comerciantes e prefeitura agendam reunião com superintendente
No início da tarde, um grupo de manifestantes foi até a sede da Prefeitura da Capital, onde se reuniram com o secretário Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic), Omar Ferri Júnior. “Concordamos com o objetivo da ação, mas não da maneira com que foi feita”, explicou o secretário. Ele diz, no entanto, que a prefeitura não tem ligação com a operação. “A prefeitura não tem absolutamente nada a ver com isso. “Somos favoráveis às ações fiscalizatórias. Mas é importante ajustar a forma para evitar conflitos que prejudiquem os trabalhadores e causem transtornos como os registrados hoje”, afirmou Omar Ferri.
No encontro ficou definido que uma comissão integrada por comerciantes, município e Legislativo debaterá a pauta com o órgão federal. A reunião será nesta quarta-feira, às 16h30, na sede da Superintendência da Receita Federal no Estado (av. Loureiro da Silva, 445).
Com informações do repórter Marcelo Magalhães