Superlotação do Presídio Central faz polícia cancelar operação

Superlotação do Presídio Central faz polícia cancelar operação

Susepe comunicou interdição da casa prisional em Porto Alegre e obrigou recuo do Deic

Correio do Povo

Susepe comunicou interdição da casa prisional em Porto Alegre e obrigou recuo do Deic

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A superlotação do Presídio Central está prejudicando diretamente a atividade policial, de acordo com o delegado Guilherme Wondracek, Chefe de Polícia. Ele relatou, nesta terça-feira, que  foi necessária a suspensão de uma operação do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) por conta disso. A ação estava programada para a próxima sexta-feira e deveria capturar cerca de 20 suspeitos de envolvimento com o roubo de cargas.

A decisão foi tomada após a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) comunicar à Polícia a interdição judicial do Presídio Central. O motivo é o excesso de novos apenados já condenados – 78 no total – que estão na instituição de Porto Alegre.

O tenente-coronel Marcelo Gayer, diretor do Presídio Central, lembrou que as interdições judiciais ocorrem desde 1995, quando a Justiça barrou a entrada de condenados no estabelecimento prisional. Atualmente, a presença de novos presos, com condenação, não pode ultrapassar 24 horas. No entanto, muitos acabam ficando bem mais do que este tempo. A superlotação tem se agravado, de acordo com as autoridades, com o aumento do número de prisões efetuadas pela Brigada Militar e Polícia Civil nos últimos anos, sem o respectivo aumento no número de vagas prisionais.

Na avaliação do tenente-coronel, a conclusão do Complexo Penitenciário de Canoas deverá resolver o problema. Atualmente, segundo o oficial, o Presídio Central conta com cerca de 4,2 mil apenados. De acordo com Gayer, 50% são presos provisórios.

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