Susepe abre sindicância para apurar fuga da Pasc
"Estou indignado, e ele vai ser encontrado", promete superintendente
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Foram feitas barreiras em pontos estratégicos, cercando as saídas de Charqueadas, assim como nas cidades de Arroio dos Ratos e São Jerônimo. Um outro detento acompanhou Zoreia, mas entregou-se quando os PMs, que fazem a guarda externa da casa prisional, deram tiros de advertência. Até as 19h30min, Zoreia não tinha sido localizado. As buscas continuavam pela região. As visitas não foram suspensas.
A fuga foi a partir do refeitório da instituição. Conforme Treiesleben, os dois usaram a parte de cima da sala para sair ao pátio. Em uma parte, situada próximo à caixa d’água, os dois conseguiram evitar uma das cercas de arame farpado. No meio dessas, cães fazem a ronda. Os animais, segundo o superintendente, foram sedados. Dali, os dois detentos usaram uma jiboia (escada artesanal, feita com lençóis), inclusive contando com degraus de madeira. No muro, que tem uma altura de aproximadamente seis metros, Zoreia teria pulado. “É um fato lamentável, que não poderia ocorrer. Estou indignado, e ele (Zoreia) vai ser encontrado”, enfatizou o superintendente da Susepe.
A fuga do detento não é a primeira. Ele já teve fugas da Pentienciária Modulada de Osório, entre outras cadeias. Zoreia, de acordo com a Polícia Civil, tem condenações por assalto pelas comarcas de Santa Rosa e Santo Ângelo. A sua fuga ocorreu no dia de visitas, o que pode ter ajudado a desviar a atenção dos agentes penitenciários. “A Pasc tem um bom contingente e isso (a fuga) não é admissível”, criticou Treiesleben.
Cerca de 20 minutos após a fuga, integrantes do 28º BPM, inclusive os PMs que estavam em folga, foram chamados, para fazer as buscas. Além destes, agentes do Grupo de Ações Especiais (Gaes), da Susepe, da Polícia Civil e do Batalhão Aéreo da BM (Bav-BM) se uniram para tentar localizar o fugitivo. “Não temos hora para encerrar as barreiras e as buscas”, informou o tenente Cláudio Gilmar dos Santos. “Encontraram a roupa do fugitivo às margens do rio Arroio dos Ratos e estamos investigando.”
No entanto, ainda não está confirmado se as roupas pertenceriam ao detento. Nas estradas, todos os automóveis e ônibus eram parados e revistados. Equipes do Gaes fizeram buscas no meio da vegetação que cerca o complexo prisional, mas não encontraram nada.