Susepe diz que somente scanner corporal evitará novos crimes comandados da Pasc

Susepe diz que somente scanner corporal evitará novos crimes comandados da Pasc

Aparelho custou o equivalente a R$ 500 mil e aguarda a visita de técnicos para começar a operar

Ananda Müller / Radio Guaíba

Dois dos três maiores de idade envolvidos em sequestro neste final de semana estão detidos na Pasc

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Após mais um crime comandado de dentro de uma casa prisional no Rio Grande do Sul, a Superintendência de Serviços Penitenciários, a Susepe, afirmou na manhã desta terça-feira que espera inaugurar ainda este ano o sistema de escaneamento corporal (bodyscan) para evitar a entrada de telefones celulares e demais objetos proibidos na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). De acordo com Alberi Pereira, assessor para Assuntos de Segurança da Susepe, o sistema deve coibir quase que na totalidade a entrada dos aparelhos na casa prisional: “junto com uma ação futura de bloqueio no sinal das operadoras, o scanner corporal deve acabar com esse problema recorrente nas casas prisionais”, salientou. Ainda na noite dessa segunda, a polícia conseguiu resgatar uma menina de 16 anos de um cativeiro na região do Vale do Sinos depois que ela permaneceu em poder de sequestradores comandados de dentro da Pasc.

O aparelho custou o equivalente a R$ 500 mil e aguarda a visita de técnicos do Conselho Nacional de Energia Nuclear para começar a operar. “Ele vai funcionar como aquelas esteiras em que os objetos pessoais são visualizados nos aeroportos”, explicou Pereira. Desse modo, objetos que estiverem escondidos em qualquer parte da roupa ou do corpo dos visitantes da PASC serão identificado. Ainda sem data definida, a intenção da Susepe é implementar o sistema de escaneamento físico em todas as casas prisionais do Estado. Inicialmente, as penitenciárias de maior porte serão beneficiadas, mas o intuito é que todas tenham o sistema nos próximos anos.

Ainda na noite dessa segunda-feira foi desarticulada uma quadrilha que sequestrava a filha de um vereador de São Leopoldo, no Vale do Sinos. A menina, de 16 anos, ficou cerca de 50 horas em poder dos bandidos, que eram comandados de dentro da Pasc. A Susepe afirma que lamenta o caso, mas enxerga -nas atuais condições- a entrada de celulares nos presídios gaúchos como “uma chaga difícil de ser eliminada”.

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