Susepe quer agilidade na licitação de tornozeleiras eletrônicas

Susepe quer agilidade na licitação de tornozeleiras eletrônicas

Contrato emergencial que libera uso do aparelho termina no final de fevereiro

Paulo Roberto Tavares / Correio do Povo

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O superintendente dos Serviços Penitenciários, Gelson Treiesleben, espera que em breve saia a licitação para as tornozeleiras eletrônicas. O equipamento está sendo usado por detentos no Rio Grande do Sul e deve ser devolvido no final deste mês, quando acaba o contrato emergencial. A expectativa é que tão logo sejam cumpridos todos os trâmites, já ocorra as propostas pelo pregão.

Na semana passada, o superintendente da Susepe apresentou as experiências em monitoramento eletrônico de presos no workshop organizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília. O encontro teve como uma das metas definir parâmetros para o uso da tornozeleira em todo o País.

Atualmente, o expediente é usado apenas em detentos do regime aberto. “Existe um consenso, até mesmo pode ser editada uma medida provisória, que estenderia o monitoramento eletrônico a presos do semiaberto”, contou Treieslenben. “E, para nós seria melhor ainda, para aqueles que são presos pela Lei Maria da Penha.”

Experiência do RS é destacada

O resultado da experiência está servindo de base para outros estados. Apenas dois usam as tornozeleiras eletrônicas: Rio Grande do Sul e São Paulo. No Sul estão em uso por 101 detentos - em caráter emergencial -, sendo 21 em Porto Alegre e 80 em Novo Hamburgo. São Paulo utiliza as tornozeleiras em maior número e apresentou números otimistas. Houve uma redução nas fugas durante as saídas de fim de ano. Em 2010, 3.944 presidiários saíram com tornozeleiras e apenas 226 - 5,7% do total -, deixaram de retornar ao sistema prisional.

Treiesleben avaliou como positiva a reunião em Brasília, ressaltando que o CNJ fez questão de apresentar a experiência do Estado com o uso de tornozeleiras como uma das boas práticas no processo de execução penal.

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