Atendendo um requerimento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) pretende investir na tecnologia para substituir a revista íntima de visitantes, sobretudo mulheres, que está proibida nos mais de 100 estabelecimentos prisionais gaúchos desde a quarta-feira passada com a publicação da portaria 138/2014 no Diário Oficial do Estado. O diretor adjunto do Departamento de Segurança da Susepe, Luis Fernando da Silveira, explicou que a ideia é introduzir o scanner corporal em todas as casas prisionais. Em um primeiro momento seriam contemplados os presídios com maior número de população carcerária. Ele afirma que o processo de implantação é de longo prazo devido ao alto custo dos aparelhos, mas a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) já está em fase de implantação do equipamento. “Ela é a única exceção onde permanece por enquanto a revista íntima”, acrescentou.
Luis Fernando da Silveira afirmou ainda que, com o fim da revista íntima, a previsão é de que o ingresso de drogas nas partes íntimas das visitantes aumente a partir de agora. Nesse sentido, o scanner corporal é considerado fundamental para impedir o ingresso de entorpecentes. Em relação às armas e celulares, o emprego de detector de metal é a solução. O diretor adjunto do Departamento de Segurança da Susepe destacou que, já neste final de semana, não haverá mais a revista íntima, considerada vexatória.