Suspeita é de que morte de fotógrafo em Canoas tenha motivação passional

Suspeita é de que morte de fotógrafo em Canoas tenha motivação passional

Ao longo da semana, familiares e testemunhas devem ser ouvidos

Correio do Povo

Polícia Civil está buscando câmeras de segurança que possam auxiliar na elucidação do caso

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A investigação do assassinato do fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni, 23 anos, está baseada na hipótese de que se trata de um crime passional. A informação é do delegado Marco Guns, da Delegacia de Homicídios de Canoas, que colocou quatro equipes no caso. Diligências foram feitas inclusive na madrugada desta terça-feira. “A vítima foi torturada e levou vários tiros”, observou. O corpo do jovem foi encontrado na manhã de terça-feira na prainha de Paquetá. Estojos de pistola foram recolhidos pela perícia no local do crime, que pode ter sido premeditado.

O delegado Marco Guns pretende confirmar a informação de que o fotógrafo havia dito ao irmão gêmeo que se encontraria com uma moça em um posto de combustíveis na esquina da avenida Araguaia com a BR 116, no bairro Igara, na noite de segunda-feira. Imagens das câmeras de monitoramento do estabelecimento serão examinadas pelos agentes. A vítima havia saído da academia e não usou o seu Renault Clio para o suposto encontro. Para obter pistas, os agentes vão vasculhar também as redes sociais usadas pela vítima, incluindo ligações do celular dele. Familiares, amigos e colegas serão ouvidos para auxiliar no trabalho investigativo. “Vamos refazer os passos dele”, sintetizou.

O trajeto em direção à prainha de Paquetá também está sendo verificado pelos policiais civis, sobretudo para ser encontradas câmeras de segurança que existam pelo caminho e tenham registrado a passagem de algum veículo. O aparecimento de possíveis testemunhas está sendo aguardado. Qualquer informação, explicou o delegado Marco Guns, é importante, inclusive a cor do carro que levou a vítima até o local. As denúncias podem ser feitas aos telefones 181 ou 3477-1888, sendo garantido o anonimato.

Para o titular da Delegacia de Homicídios de Canoas, o modo como foi morto o fotógrafo evidencia “um sentimento muito profundo de rejeição” contra a vítima, que foi torturada com “algum instrumento contundente capaz de provocar muito sofrimento”. O delegado Marco Guns não descartou que o ponto de partida para solucionar a autoria e motivação do crime esteja em alguém conhecido ou próximo da vítima. Por enquanto, os policiais civis não tem oficialmente um suspeito de envolvimento no assassinato de Gargioni, que trabalhou no governo Tarso Genro e tinha uma produtora de evento em Canoas. A vida do jovem fotógrafo, constatou o delegado Marco Guns, não indica até o momento nenhuma conduta ilícita.

O velório começou na noite passada, no Cemitério Jardim São Vicente, em Canoas. O enterro está marcado para as 16h desta quarta-feira.

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