Suspeito de matar jornalista estava internado em clínica de reabilitação

Suspeito de matar jornalista estava internado em clínica de reabilitação

Jovem foi preso nessa quinta-feira em Carlos Barbosa, na Serra gaúcha

Correio do Povo

Equipe da 2ªDPHPP durante coletiva de imprensa concedida nesta sexta-feira

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O suspeito de assassinar o jornalista Tagliene Padilha Cruz, no fim de abril, estava escondido em uma clínica de reabilitação na cidade de Carlos Barbosa, na Serra gaúcha. Conforme a responsável pelo caso, a delegada Roberta Bertoldo da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa de Porto Alegre (2ªDPHPP), o indivíduo estava internado há dez dias no local era usuário de drogas, como cocaína e crack. Ele foi preso nessa quinta-feira e trazido para Porto Alegre para ser interrogado formalmente pela equipe da 2ª DPHPP. Segundo a investigação, Tagliene foi morto por asfixia mediante estrangulamento.

A delegada destacou que o suspeito foi preso usando os tênis de Tagliene Padilha Cruz. No entanto, o moletom, mochila, notebook e celular, roubados após o crime, ainda não foram localizados. Ela observou que, no apartamento da vítima, o jovem deixou abandonado seus próprios tênis após ter pego os pertencentes do jornalista. A titular da 2ªDPHPP observou ainda que a motivação para o assassinato do jornalista por enquanto não está esclarecida. Nesse sentido, o trabalho investigativo será aprofundado para definir se ocorreu um homicídio ou latrocínio e se o crime foi premeditado ou não.

Os agentes da 2ªDPHPP já apuraram, porém, que o suspeito conhecia a vítima, mas não sabem o período e grau de amizade. O certo é que o jornalista e o jovem compraram bebidas em um posto de combustível na avenida João Pessoa antes de deslocarem-se ao apartamento, no final da noite do dia 23 de abril. As imagens de câmeras de monitoramento do estabelecimento comercial mostram os dois juntos e reforça as provas contra o suspeito, que está usando seus próprios tênis. Já nas imagens das câmeras do entorno do prédio da vítima, o indivíduo aparece fugindo com os tênis, moletom e mochila do jornalista.

Além disso, os agentes possuem os depoimentos de quatro testemunhas que tiveram contato ocasional com o suspeito no prédio, inclusive no momento da fuga quando o mesmo não dispunha do cartão de saída e justificou para um morador que não tinha senha para que fosse aberto o portão.

O diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Paulo Grillo, ressaltou a importância das imagens do suspeito, registradas pelas câmeras de monitoramento no entorno do prédio da vítima, terem sido divulgadas na imprensa e, consequentemente, a população ter repassado o nome do suspeito e que colaboraram para a elucidação do caso.

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