Suspeitos de matar passista buscavam vítimas distraídas para roubar, diz delegado

O grupo suspeito de ter matado a rainha de bateria Paola Serpa Severo, de 34 anos, se aproveitava de momentos de distração das vítimas, revelou o delegado da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Cachoeirinha, Newton Martins de Souza. Em entrevista à Rádio Guaíba na manhã desta sexta-feira, o delegado disse que a investigação constatou que os quatro criminosos envolvidos na morte de Paola realizavam roubos de carros seguidamente e rondavam locais na região Metropolitana esperando momento para atacar.

"Esses assaltantes ficavam rodando e escolhiam os locais onde as vítimas podiam estar distraídas, justamente esperando a oportunidade que facilitava a execução do roubo de veículos, como foi caso de Paola", comentou Souza. O delegado relatou ainda que o autor dos disparos está foragido. 

Segundo o delegado, a quadrilha seria de Canoas e clonava os veículos roubados. "Um carro Fiat Palio foi roubado 15 minutos antes da morte da Paola. Eles realizavam os roubos e um dos indivíduos que estava no carro era responsável por levar o veículo roubado de volta para clonagem posterior", explicou. 

De acordo com o delegado Souza, Paola teria fechado os vidros do carro quando foi abordada por um dos suspeitos. "O homem que estava no banco do carona foi responsável por fazer a abordagem. De acordo com relatos deles próprios, a Paola teria fechado o vidro do carro na mão de um assaltante e os disparos aconteceram neste momento", disse. "Além desses disparos, ele tentou tirar a Paola dentro do carro e não conseguiu. E foi o momento da fuga em que eles fogem no Voyage em direção a divisa de Cachoeirinha com Canoas", acrescentou Newnton Souza.

Paola Serpa Severo foi morta em fevereiro no bairro Central Park em Cachoeirinha. Ela foi alvejada dentro do carro, enquanto aguardava a filha que tinha aulas particulares no local. No começo do mês de abril, um homem foi preso no Paraná suspeito de ter participado do crime.