Testemunha diz que suspeitos estariam sendo pagos para sustentar latrocínio de Eliseu
Rádio Guaíba divulgou áudio exclusivo do depoimento ao MP
publicidade
Eliseu Pompeu Gomes, seu irmão e uma terceira pessoa, segundo a denúncia recebiam, além do dinheiro, mordomias no Presídio Central para, segundo a testemunha “segurar o latrocínio”. De acordo com o promotor Eugênio Paes Amorim, que divulgou o material, o tenente-coronel foi listado como testemunha de defesa dos proprietários da empresa Reação, investigados no processo, e não como um dos donos. A Reação foi investigada pelo MP após denúncia, em maio de 2009, de um suposto esquema de pagamento de propina à secretaria.
Conforme a testemunha, investigada em outro processo por estelionato e detida no Presídio Central, o tenente-coronel começou a chantageá-la quando ela pediu R$ 100 em ajuda, em uma visita ao presídio. O homem confessou ter sido o responsável por entregar pessoalmente R$ 15 mil para que Eliseu Pompeu cometesse o crime. Ainda de acordo com ele, Pompeu pediu R$ 30 mil como pagamento.
De acordo com Amorim, mesmo tendo partido de uma pessoa investigada por crime de estelionato, o testemunho foi convincente porque descreveu informações precisas e detalhes que deram credibilidade ao depoimento. “O áudio foi anexado aos autos da defesa para que ela se manifeste sobre se pretende ouvir a testemunha”, explicou o promotor. O testemunho foi prestado há cerca de um mês ao MP.
Sequestro
Em um ponto determinado do depoimento, a testemunha ainda relata que o plano inicial não era executar Eliseu em Porto Alegre, mas sim em um sítio em Arroio dos Ratos, na Região Carbonífera. O plano, segundo o denunciante, era enterrar o corpo na propriedade.
Resposta
O advogado do diretor da Reação Renato Mello, Ricardo Cunha Martins, acusou o MP de estar fantasiando e reclamou que esta é a quarta versão oferecida para o caso. Ele afirmou não ter conhecimento do conteúdo do depoimento. No entanto, disse que, como a testemunha confessou ter envolvimento no caso, deve ser considerada ré confessa.