Testemunhas de defesa do caso Bernardo são ouvidas em Três Passos
Funcionários e pacientes de Leandro Boldrini estão entre as 24 pessoas que prestam depoimentos
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Uma técnica de enfermagem, que era funcionária de Leandro, declarou que a relação dele com o filho era boa, mas indicou contradições no comportamento da madrasta, Graciele. Enquanto o pai afirmava que sonhava em ver Bernardo formado em Medicina, a esposa dizia que apenas a filha de ambos, do segundo casamento do médico, seguiria a profissão do pai. A funcionária ainda disse ter ouvido de uma colega, no consultório, que Graciele já havia declarado que pretendia contratar matadores de aluguel para matar o menino. Depois de uma audiência em que Bernardo reclamou à Justiça sobre Leandro, a mulher declarou que ele se sentiu arrasado e que não queria abrir mão do filho.
O primeiro a ser ouvido pela Justiça foi um agente penitenciário, que declarou que a convivência dos três presos com os demais é pacífica. Ele ainda afirmou que o pai e a madrasta do menino demonstraram abatimento na cadeia. Uma professora aposentada, que foi paciente de Leandro Boldrini, se limitou a dizer que não conhecia a relação do médico com a família.
Entenda o caso
Bernardo Boldrini foi morto em 4 de abril. O corpo do menino foi encontrado dez dias depois. O pai, a madrasta, Graciele Ugulini, a amiga do casal, Edelvânia Wirganovicz, e o irmão dela, estão presos acusados de participação no crime. O processo tramita no Fórum de Três Passos e em fase de audiências de instrução, que é quando o juiz ouve as testemunhas indicadas pela acusação e defesa para decidir sobre qual crime os réus terão de responder.