Testemunhas fazem novas acusações contra madrasta de Bernardo
Das 11 pessoas que seriam ouvidas, oito foram dispensadas
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Hoje, um funcionário da balsa que liga o Brasil à Argentina, no município de Tiradentes do Sul, disse ter visto cartazes com a foto de Bernardo no local, depois do desaparecimento, mas não sabe se Leandro ou Graciele foram até a região procurá-lo. Um advogado de Frederico Westphalen, também ouvido hoje, foi a única testemunha que pediu para depor a portas fechadas.
Três testemunhas indicadas pela defesa de Graciele depõem amanhã, em Santo Augusto. Outras audiências serão realizadas em municípios da região até o final de dezembro. Bernardo Uglione Boldrini foi encontrado morto próximo a um rio de Frederico Westphalen, em abril deste ano. A causa da morte foi uma dosagem elevada do medicamento Midazolan. Os quatro réus do caso — Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e o irmão dela, Evandro — permanecem em prisão preventiva.
O depoimento mais contundente partiu de uma funcionária do consultório de Leandro, que disse ter ouvido de uma colega que Graciele manifestou intenção de contratar matadores de aluguel para se livrar de Bernardo. Uma antiga empregada da família ainda reafirmou que viu a mulher tentar asfixiar o enteado. Um ex-colega de faculdade de Leandro relatou que o comportamento dele começou a mudar depois de ter conhecido Graciele. Ele teria visitado o casal no dia seguinte ao desaparecimento do menino e percebeu que a madrasta estava “sorridente”.
Já uma psicóloga que atendeu Bernardo confirmou que o pai parecia ausente na educação do menino e que ele era mantido em más condições de higiene.