Traficantes teriam determinado toque de recolher em Gravataí

Traficantes teriam determinado toque de recolher em Gravataí

Policiamento ostensivo reforçado ocorre principalmente nas áreas com atuação do tráfico de drogas

Correio do Povo

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A população de Gravataí foi surpreendida, na tarde dessa terça-feira, com três áudios determinando toque de recolher na cidade. A ordem era para que as pessoas não saíssem de casa entre as paradas 62 e 69 e 76 e 79. Dois áudios afirmavam que o horário era das 22h às 5h e o terceiro, das 19h às 5h. A Brigada Militar afirmou não ter conhecimento do toque de recolher. Para a corporação as postagens foram feitas por “oportunistas” para gerar pânico.

Na terça, o 1º Batalhão de Operações Especiais (BOE), de Porto Alegre, somou-se ao reforço de policiamento ostensivo em Gravataí para conter a escalada de violência marcada por nove execuções no último final de semana. Segundo o comandante do 1º BOE, major Claudio Feoli, a atuação da tropa acontece em locais de maior incidência de homicídios e latrocínios. Os policiais militares estão mobilizados na Operação Avante no período noturno.

Conforme o comandante do 17º BPM de Gravataí, tenente-coronel Vanderlei Mayer Padilha, o policiamento ostensivo reforçado ocorre principalmente “nas áreas conflagradas pelo tráfico de drogas” da cidade. O grande teste, segundo Padilha, será no próximo final de semana, considerado o período em que mais acontecem execuções. “Estamos com patrulhas e barreiras. Nosso objetivo é prender foragidos, traficantes e apreender drogas e armas”, afirmou. Ele lembrou que o Setor de Inteligência do batalhão está “trabalhando forte em razão das informações que estamos recebendo da população”. Além do 1º BOE, o apoio em efetivo é proveniente também do Comando de Policiamento Metropolitano da BM. O comandante salientou que o Pelotão de Operações Especiais do 17º BPM participa junto das ações pontuais do 1º BOE.

O titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Gravataí, delegado Felipe Borba, revelou que algumas imagens de câmeras de monitoramento, instaladas nos entornos dos locais das nove execuções, estão sendo analisadas pela equipe de investigação.

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