Treinador de futebol infantil é suspeito de estuprar 18 crianças em SP

Treinador de futebol infantil é suspeito de estuprar 18 crianças em SP

Segundo delegado, exames médicos confirmaram a violência em oito crianças

AE

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Um treinador de futebol infantil, de 34 anos, foi preso após ser acusado de estuprar 18 crianças com idades entre 8 e 11 anos, em Ribeirão Branco, no interior de São Paulo. Ele teve a prisão temporária decretada pela Justiça na quarta-feira.

De acordo com o delegado da Polícia Civil Lúcio Antônio Barbosa, exames feitos pelo Instituto Médico Legal (IML) de Itapeva confirmaram a violência em oito crianças, enquanto outras cinco foram vítimas de assédio e atos libidinosos que a lei trata como estupro de vulnerável. Nesta quinta-feira, os pais de mais cinco crianças procuraram a polícia para também denunciar a violência sexual. O suspeito nega os crimes.

O técnico atuava há três anos como voluntário em um projeto social no bairro Itaboa, na zona rural do município de 17,8 mil habitantes, que tem o mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado. Ele ensinava futebol para cerca de 60 crianças. De acordo com o delegado, o treinador concedia privilégios para alguns meninos em troca de favores sexuais. Uma das crianças contou a uma professora do bairro que o homem a forçou a praticar sexo com ele. O Conselho Tutelar foi acionado e o caso foi levado à Polícia Civil.

A investigação apurou que o homem reunia os garotos em sua casa e exibia filmes pornográficos. Ele também dava presentes para os meninos de sua preferência. O delegado acredita que o número de vítimas ainda pode aumentar - outras crianças serão ouvidas. As vítimas estão recebendo acompanhamento psicológico.

O treinador ainda não tem advogado constituído. Na quarta-feira, antes de ser preso, o homem postou um texto em sua página na rede social Facebook alegando inocência. "Fui injustamente acusado de abuso contra crianças no bairro Itaboa, onde eu morava. Estou fazendo a minha defesa e colaborando com a polícia." Segundo ele, o autor dos abusos seria outra pessoa. "Estou com a consciência limpa, saio dessa e provo minha inocência", escreveu, acrescentando que
"nunca se pode julgar alguém sem provas".

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