Tribunal do Júri absolve três acusados por suposta participação na morte de Eliseu Santos

Tribunal do Júri absolve três acusados por suposta participação na morte de Eliseu Santos

Réus foram inocentados das acusações de formar suposto esquema de corrupção

Correio do Povo

Sentença foi lida pelo Juiz Thomas Schons

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O Tribunal do Júri absolveu, nesta quarta-feira, três réus que estavam sendo julgados por suposta participação na morte de Eliseu Santos. Já no fim da noite, o Juiz de Direito Thomas Schons, da 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, leu a sentença, com os jurados decidindo por não atribuir culpa aos réus.

Pela acusação atuou o promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim, do Ministério Público do Rio Grande do Sul. Já na defesa dos réus estão os advogados Cláudio Cardoso da Cunha, Luciano Ribeiro Alves, César Augusto Schmitt Sousa, Mariana Costa de Almeida e Thomas Joaquin Schmidt, além da defensora pública Tatiana Boeira. Um dos réus fará a própria defesa.

Um ex-assessor jurídico da Secretaria Municipal da Saúde, um enteado dele e um ex-presidente do PTB em Porto Alegre, que trabalhou na Secretaria Municipal da Saúde eram os acusados de um suposto esquema de corrupção que estaria ligado ao eventual assassinato.

Caso 

O crime ocorreu na noite de 26 de fevereiro de 2010 na rua Hoffmann, no bairro Floresta, em Porto Alegre. Então secretário municipal da Saúde, Eliseu Santos foi atingido em via pública por dois disparos fatais de arma de fogo. Na ocasião, ele estava acompanhado da mulher e da filha.

Eliseu Santos foi atingido por tiros de pistola vindos de integrantes de quadrilha de roubo de veículos, que se aproximaram em um Chevrolet Vectra com o objetivo de levar o Toyota Corolla da vítima.

O homicídio teria sido motivado por vingança, em razão da denúncia de um suposto esquema de corrupção envolvendo uma empresa responsável pela vigilância dos postos de saúde da Capital, de propriedade de um ex-policial militar, e pelo encerramento do contrato da terceirizada.

Conforme o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), dois réus haviam sido condenados a 27 anos e 10 meses de reclusão e a um ano de detenção, em 21 de maio de 2016. Um outro foi sentenciado a 32 anos, um mês e 15 dias de reclusão e mais um ano e quatro meses de detenção, em 22 de setembro deste ano.

O acusado de ser mandante foi condenado a 42 anos e dois meses de reclusão, em 19 de outubro passado. Já no último dia 24 de novembro, um outro réu recebeu uma pena total de 35 anos e 15 dias de reclusão e mais um ano e oito meses de detenção, enquanto um segundo foi absolvido pelos jurados.


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