Ugeirm Sindicato cita piora na superlotação de presos em DPs após interdição da Cadeia Pública

Ugeirm Sindicato cita piora na superlotação de presos em DPs após interdição da Cadeia Pública

Entidade de classe prevê inclusive "explosão" de contágio dos policiais civis pela Covid-19

Correio do Povo

Decisão judicial de interdição da casa prisional foi considerada acertada, mas entidade de classe quer evitar agravamento da situação nas delegacias

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A Ugeirm Sindicato, que representa os policiais civis, lançou na manhã desta quinta-feira, nas redes sociais, um alerta sobre o agravamento da superlotação de presos em delegacias de Porto Alegre e Região Metropolitana em decorrência da interdição judicial da Cadeia Pública devido à pandemia do novo coronavírus. “A tensão se volta para as delegacias”, advertiu em nota oficial, lembrando que os agentes “já convivem diariamente com presos nas delegacias”.

A entidade de classe avaliou que, “com os recordes diários de casos e de mortos pela Covid-19”, a situação ficará pior nas Dps, sobretudo nas DPPAs. “Empilhar presos nas delegacias é um convite a uma tragédia entre os (as) policiais civis. O resultado será uma inevitável explosão de casos de contágio na categoria”, previu.

Considerando que a interdição da Cadeia Pública de Porto Alegre foi acertada pela Vara de Execuções Criminais, a Ugeirm Sindicato teme a manutenção dos presos nas delegacias. “O que acontece hoje é que é feito o flagrante e o preso fica aguardando a vaga dentro de uma delegacia ou viatura de polícia, ou algemado em um corredor, na rua, no pátio. Te pergunto: onde é pior, num presídio ou nessas condições bárbaras que essa situação oferece?”, questionou o presidente Isaac Ortiz.

A direção da entidade de classe já está se mobilizando para enfrentar a situação. “A primeira medida será notificar o Judiciário, para que a Decisão do TJ/RS que determina que nenhum preso permaneça nas delegacias por um tempo superior ao necessário para os procedimentos da Polícia Civil, seja cumprida.

O sindicato também procurará a Assembleia Legislativa, a OAB/RS e o MP, para que pressionem o governo e o Judiciário afim de que esses presos não permaneçam nas delegacias”, anunciou na nota oficial, que defende ainda “um diálogo com o governo para que sejam buscadas soluções para o problema, que não passem pela superlotação das delegacias e o consequente risco aos policiais civis”.


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