Ugeirm Sindicato e entidades de classe convocam paralisação para quarta-feira

Ugeirm Sindicato e entidades de classe convocam paralisação para quarta-feira

Manifestação é contra a PEC 32 da Reforma Administrativa por "acabar com o serviço público"

Correio do Povo

Fim da estabilidade do funcionalismo federal e estadual preocupa policiais civis gaúchos

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A Ugeirm Sindicato, que representa os policiais civis gaúchos, está convocando com as demais entidades de classe da segurança pública uma paralisação das atividades na manhã da próxima quarta-feira no Rio Grande do Sul. A mobilização, que acontece também em todo o país, tem como objetivo posicionar-se contra a reforma administrativa que atinge o funcionalismo público federal e estadual através da proposta de emenda parlamentar, chamada de PEC 32. Estão previstas carreatas e manifestações, entre outras ações no período.

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou o relatório da PEC 32 no mês passado. Agora a votação será levada para o plenário e depois ao Senado. “Este ato é um protesto contra a PEC 32”, enfatizou o vice-presidente da Ugeirm Sindicato e atual presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores Policiais Civis da Região Sul (Feipol-Sul), Fabio Castro, à reportagem do Correio do Povo na manhã desta segunda-feira. Ele lembrou que a mobilização na quarta-feira vai reunir também outras categorias do serviço público.

O vice-presidente da Ugeirm Sindicato explicou que a PEC 32 não cumpre a proposta de acabar com os privilégios. “Os segmentos mais privilegiados estão fora da reforma, onde estão os maiores salários”, avaliou. O dirigente citou os casos do Poder Judiciário e do Ministério Público, além dos militares e políticos.

“Outra questão que nos causa muita preocupação é a quebra da estabilidade. Imagine um policial investigando corrupção sem estabilidade”, alertou. “Outro argumento é que a mudança de contratação do serviço público vai fazer que mais de 200 mil cargos de confiança estejam à disposição para os governantes nomearem quem bem entender”, advertiu.

Na opinião de Fabio Castro, a PEC 32 “destrói o serviço público e acaba com os avanços depois da Constituição de 1988”.


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