Vídeo mostra dentista mexendo em câmeras na casa de gerente desaparecido

Vídeo mostra dentista mexendo em câmeras na casa de gerente desaparecido

Homem é suspeito no caso que mobiliza Anta Gorda desde o fim do ano passado

Correio do Povo

Vídeo mostra dentista mexendo em câmeras na casa de gerente desaparecido

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O dentista Carlos Alberto Weber Patussi, 52 anos, foi filmado mexendo em duas câmeras de vigilância do condomínio onde residia o gerente do Sicredi de Anta Gorda, Jair Potrich, de 55 anos. Patussi é acusado pela Polícia Civil (PC) de envolvimento no desaparecimento de Potrich. O gerente sumiu após voltar de uma pescaria e foi visto pela última vez limpando os peixes em um quiosque do condomínio onde morava no dia 13 de novembro de 2018.



A PC já havia divulgado que Patussi havia mexido nas câmeras de videomonitoramento do condomínio. Com isso, ele conseguiu que não fosse registrada a saída de Potrich do prédio. Patussi teria utilizou um cabo de vassoura para mudar o posicionamento das câmeras. Nas imagens, divulgadas pela PC, é possível ver que o dentista foi até a casa de Potrich e subiu no telhado da casa.

Ele voltava do quiosque do condomínio, onde o gerente foi visto pela última vez, pulou uma cerca que dava acesso à sua residência e, logo após, entrou na casa. Na sequência, Patussi é visto saindo por uma janela no segundo andar da casa. Ele caminha pelo telhado e mexe em duas câmeras de vigilância.

Patussi estava preso desde 23 de janeiro, quando foi encontrado em um apartamento na cidade de Capão da Canoa, no Litoral Norte. Logo depois ele foi encaminhado para o Presídio Estadual de Encantado, no Vale do Taquari.

Entretanto, o dentista foi libertado na quarta-feira através de um habeas corpus concedido pelo desembargador Honório Gonçalves da Silva. O magistrado entendeu a prisão como desnecessária, pois, para ele, Patussi não apresenta risco de fuga e nem atrapalha as investigações.

Advogado contesta versão

O advogado Paulo Olímpio Gomes de Souza, que defende o Patussi, diz que o vídeo mostra apenas a rotina do suspeito. “Mostra ele fazendo o que faz sempre, circulando pelo jardim, comendo uma fruta e indo até o telhado.”

Souza confirma que Patussi movimentou a câmara de vigilância, mas refuta a ideia de que o objetivo era esconder algo. “Aquela câmera ficava próximo a um poste junto a casa do Carlos, o que dificultava a visão, além disso, também tinha um ninho de passarinho nela, o que dificultava a visão. Ele mexeu apenas com o intuito de melhorar a visibilidade”, afirma.

Para o advogado, o vídeo não apresenta nenhuma prova de que seu cliente tenha estado no quiosque onde a PC acredita que Potrich. Além de a ideia soar sem sentido, as imagens também não mostram “em nenhum momento o Carlos no quiosque”. Segundo Souza, outras imagens que ainda não foram apresentadas mostram o suspeito se despedindo da mulher, por volta das 20h, aparentando “tranquilidade”.

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