Venda de animais silvestres, tráfico de armas e caça ilegal são alvos da Polícia Civil no RS

Venda de animais silvestres, tráfico de armas e caça ilegal são alvos da Polícia Civil no RS

Operação da DP de Esteio, com apoio da DP de Rio Pardo, teve 107 aves e um cão resgatados, além de três armas apreendidas e quatro presos

Correio do Povo

Investigação recai sobre um organização criminosa que atua em todo o Estado

publicidade

A Polícia Civil deflagrou ao amanhecer desta sexta-feira a operação Arca com o objetivo de combater uma organização criminosa que comercializa animais silvestres e armas ilícitas destinadas principalmente à caça ilegal no Rio Grande do Sul. Estão sendo investigados os crimes de caça ilegal, tráfico de armas e crueldade contra animais.

Cerca de 155 agentes cumpriram 46 mandados judiciais de busca e apreensão em Esteio, Canoas, Parobé, São Leopoldo, Gravataí, Alvorada, Rio Pardo, Venâncio Aires e São Jerônimo. Um total de 105 aves e um cão em situação de maus-tratos foram resgatados, além da apreensão de três armas, munições, telefones celulares e um casco de tartaruga. Houve a atuação de 14 pessoas, sendo que quatro pessoas foram presas em flagrante e ao restante foi lavrado termo circunstanciado. 

A ação foi coordenada pela titular da DP de Esteio, delegada Luciane Bertoletti, e contou com apoio da DP de Rio Pardo, chefiada pelo delegado Anderson Faturi, em parceria com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Esteio e organizações não-governamentais da causa animal.

A investigação começou há três meses. Os policiais civis identificaram uma associação criminosa atuante em todo o RS, responsável pela venda de animais da fauna nativa e armamento para a prática da caça ilegal. “Esse esquema, extremamente organizado, possui grupos fechados em redes sociais e em aplicativos de conversa onde, de forma tranquila, negociam o armamento e também realizam a venda dos mais diversos animais, inclusive ameaçados de extinção”, explicou a delegada  Luciane Bertoletti. “Além das aves e armas também foi detectado a negociação de macaco-prego”, observou.

Já o delegado Anderson Faturi afirmou que “diversos investigados estão na cidade de Rio Pardo exigindo uma ação rápida e pontual da Policia Civil". Por sua vez, o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), delegado Mario Souza, enfatizou que a operação Arca representou “mais uma ofensiva contra a crueldade a animais, nesse caso animais silvestres” e também uma ação contra “a venda ilegal de armas e munições”.

Foto: PC / Divulgação / CP


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895