Vereador da Capital é ouvido em audiência sobre Caso Eliseu
Maurício Dziedricki chegou a ser acusado por um dos réus pelo crime de ter recebido propina
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A sessão é fechada à imprensa. Neste ano, Dziedricki chegou a ser alvo do MP, durante a investigação do órgão que provocou uma reviravolta no caso. Ao contrariar o inquérito da Polícia Civil - apontando um latrocínio -, quatro promotores concluíram que Eliseu foi morto em uma emboscada, armada por pessoas que, supostamente, eram beneficiadas por um esquema de propina na Secretaria. A acusação é, atualmente, tema de um processo ainda em tramitação na Justiça.
Entre os favorecidos, estava um dos réus pelo crime, o ex-dirigente da empresa de vigilância Reação, Jorge Renato Hordoff Mello, atualmente preso. Em 19 de maio de 2009, durante um depoimento convocado por petistas na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Mello afirmou que o dinheiro do suposto esquema para manter contratos entre a Reação e a Secretaria também ajudou Dziedricki. “Fiz um churrasco onde foram distribuídos santinhos e adesivos do então candidato a vereador Maurício Dziedricki”, afirmou Mello, de acordo com transcrição feita pela assessoria de imprensa do Legislativo.
As declarações levaram o promotor Eugênio Paes Amorim, um dos responsaveis pela reviravolta jurídica, a suspeitar que ele também tenha sido beneficiado pelo esquema. "Descobri que Dziedricki recebia gasolina, dinheiro e veículos da empresa de vigilância para usar em sua campanha e por isso não denunciei o vereador, mas pedi ao Ministério Público Eleitoral que instaurasse uma investigação".
A reportagem tentou fazer contatos telefônicos com o político no intervalo da sessão, mas não obteve resposta. No primeiro semestre, ele negou qualquer envolvimento. O processo sobre o assassinato de Eliseu Santos já teve quatro audiências, todas para ouvir testemunhas de acusação. Uma nova sessão deve ocorrer até dezembro.