Vereador de Canoas detido por suposta extorsão de CCs deixa o Presídio Central
Defesa obteve alvará e, com isso, Celso Jancke (PP) só cumpriu dois dos cinco dias de prisão temporária
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• Vereador é preso pela polícia durante operação na Câmara de Canoas
• Partido Progressista cogita expulsar vereador preso em Canoas
• Câmara de Canoas suspende empréstimos e aguarda dados do MP para abrir CPI
Em função da prisão do parlamentar, a Câmara de Canoas decidiu adiar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a arrecadação de dinheiro pelos vereadores, a partir do salário e das vantagens dos servidores de gabinete, como o empréstimo consignado, por exemplo. A decisão foi tomada um dia após a ação do Ministério Público (MP), que culminou com a prisão do progressista.
Apesar de postergar a abertura de CPI, o Legislativo decidiu suspender, temporariamente, os empréstimos consignados para assessores. Além disso, a Procuradoria da Casa vai solicitar ao MP cópias do expediente para analisar o teor e os motivos da operação. Já o diretório estadual do Partido Progressista (PP) garantiu instaurar um processo ético sobre o caso. A expulsão do político é cogitada se o crime for confirmado.
O Ministério Público cumpriu sete mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária relativos aos crimes de concussão (obter vantagem por conta de um cargo) e lavagem de dinheiro. Conforme as investigações, além de Jancke, os vereadores Dr. Pompeu e José Francisco Nunes (o Francisco da Mensagem – PSB) exigiam parte dos salários dos funcionários com cargo de confiança. Os últimos dois não chegaram a ser presos porque, segundo o MP, cometeram crimes infrações de menor gravidade.