Vereador de Santa Maria é preso durante operação da PF
Político é suspeito de estocar medicamentos vencidos e sem procedência
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De acordo com a polícia, houve uma denúncia envolvendo o nome do político. Durante abordagem, foram descobertos dez sacos plásticos cheios de remédios e mais medicamento vencidos sem documentos que comprovassem origem.
Nesta manhã, Maciel prestou depoimento à polícia e alegou que os produtos foram doados para seu programa de assistência social.
Operação Medicaro
A Polícia Federal (PF), em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), deflagrou nesta quinta-feira, em Santa Maria, na região Central do Estado, a segunda fase da Operação Medicaro, que apurou fraudes na aquisição de medicamentos, em face de ações judiciais.
Pela análise dos documentos e mídias apreendidos na primeira fase da operação, ficou evidênte a prática da fraude. Um empresa farmacêutica fornecia notas superfaturadas em papéis com timbre de três farmácias distingas para evitar a concorrência. Os intermediários providenciavam os orçamentos superfaturados e recebiam, para tanto, 10% do valor do medicamento. Advogados que faziam parte do esquema, também recebiam entre 5% e 10% sobre o valor do orçamento e o servidor envolvido no esquema da Coordenadoria Regional de Saúde direcionava a aquisição do medicamento e beneficiava determinadas farmácias, recebendo, para tanto, um percentual sobre o superfaturamento.
Esses percentuais podem ter gerado aos envolvidos lucros milionários, segundo a PF, uma vez que muitos dos medicamentos adquiridos via judicial são para tratamento de câncer e possuem um alto valor comercial. Além disso, o Estado do Rio Grande do Sul possui o maior número de processos para garantir acesso a remédios do país, sendo que a cidade de Santa Maria lidera o ranking estadual, superando até mesmo a capital Porto Alegre.