Viúva de Eliseu Santos fica frente a frente com acusados pela morte do ex-secretário

Viúva de Eliseu Santos fica frente a frente com acusados pela morte do ex-secretário

Denise Silva foi ouvida na condição de testemunha de acusação em audiência no Foro Central de Porto Alegre

Estêvão Pires / Rádio Guaíba

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A viúva de Eliseu Santos, Denise Goulart Silva, foi ouvida, na tarde desta sexta-feira, na condição de testemunha de acusação no processo sobre o assassinato do ex-secretário de saúde da Capital. Ela participou da quarta audiência sobre o crime, que ocorre desde a manhã, na 1ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre. A sessão promoveu o encontro de Denise com os dez réus pelo homicídio, entre eles dois ex-colegas de partido da vítima: o ex-assessor da secretaria Marco Antônio Bernardes, e o ex-presidente municipal do PTB, José Carlos Brack.

Na audiência, que é fechada à imprensa, os promotores Eugenio Paes Amorim e Lucia Helena Calegari utilizaram os relatos de Denise para fortalecer a tese de que Eliseu foi morto em uma emboscada. Após o MP discordar e indicar falhas no inquérito policial - apontando uma tentativa de roubo seguido de morte -, advogados da família do ex-secretário declararam apoio às conclusões dos promotores.

Em maio do ano passado, Denise afirmou, em depoimento na Delegacia de Homicídios do Deic, não ter ouvido um anúncio de assalto antes de o marido ser morto a tiros, na saída de um culto religioso, no bairro Floresta. Um dos filhos de Eliseu, Artur Gonçalves dos Santos, também participa da audiência como testemunha de acusação.

Além de Brack e Bernardes, também são acusados como mandantes do crime os dirigentes da empresa de vigilância Reação Jorge Renato Hordoff Mello e Marcelo Pio Machado. Para o MP, entre os objetivos dos assassinos estava a queima de arquivo, já que a vítima havia rompido contratos com a Reação ao saber de um suposto esquema de propinas para manter vínculos entre a companhia e a Secretaria de Saúde. Advogados dos réus negam a participação deles no crime e usam o inqúerito policial como principal prova da defesa.

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