Viúva de Eliseu Santos fica frente a frente com acusados pela morte do ex-secretário
Denise Silva foi ouvida na condição de testemunha de acusação em audiência no Foro Central de Porto Alegre
publicidade
Na audiência, que é fechada à imprensa, os promotores Eugenio Paes Amorim e Lucia Helena Calegari utilizaram os relatos de Denise para fortalecer a tese de que Eliseu foi morto em uma emboscada. Após o MP discordar e indicar falhas no inquérito policial - apontando uma tentativa de roubo seguido de morte -, advogados da família do ex-secretário declararam apoio às conclusões dos promotores.
Em maio do ano passado, Denise afirmou, em depoimento na Delegacia de Homicídios do Deic, não ter ouvido um anúncio de assalto antes de o marido ser morto a tiros, na saída de um culto religioso, no bairro Floresta. Um dos filhos de Eliseu, Artur Gonçalves dos Santos, também participa da audiência como testemunha de acusação.
Além de Brack e Bernardes, também são acusados como mandantes do crime os dirigentes da empresa de vigilância Reação Jorge Renato Hordoff Mello e Marcelo Pio Machado. Para o MP, entre os objetivos dos assassinos estava a queima de arquivo, já que a vítima havia rompido contratos com a Reação ao saber de um suposto esquema de propinas para manter vínculos entre a companhia e a Secretaria de Saúde. Advogados dos réus negam a participação deles no crime e usam o inqúerito policial como principal prova da defesa.