Violência e insegurança assustam moradores da Cidade Baixa
Associação dos Amigos da Cidade acredita que um dos problemas seja a falta de iluminação no bairro
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A presidente da entidade, Roberta Rosito Correa, constata que o principal problema tem sido com adolescentes e jovens. Segundo ela, muitos menores são usuários de drogas, principalmente crack, e acabam cometendo os crimes para sustentar o vício. O consumo de bebidas alcoólicas também serve para estimular a prática de delitos, cujas maiores vítimas são as mulheres nas ruas. “Assaltam até com facas”, destaca.
Ela reconhece que a BM tem agido no bairro, mas os menores acabam sendo beneficiados pela atual legislação. “O Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) e o Ministério Público precisam vir para a rua”, defende Roberta, acrescentando que o Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) deveria realizar também uma ação mais contundente na área.
Ela observa ainda que outro problema é a falta de mais iluminação no bairro. “Os moradores não podem mais fazer nada e devem chegar cedo em casa e não sair à noite”, lamenta. “Nosso objetivo com esta reunião é um grande mutirão de segurança pública”, concluiu.
Responsável pelo 9º Batalhão de Polícia Militar, o tenente-coronel Francisco Vieira acredita que uma das saídas para resolver o problema é proibir a venda e consumo de bebidas alcoólicas nas ruas. De acordo com ele, os bares também têm estendido o horário de funcionamento além do permitido, mantendo um grande público ao longo da madrugada. A iluminação precária em alguns pontos do bairro, em sua opinião, favorecem também a ocorrência de delitos. Em relação às drogas, o oficial observa que existe um micro-tráfico na região, evidenciado por pequenas quantidades de tóxicos para evitar os flagrantes. Em torno de 3 mil pessoas por noite são registradas circulando nos finais de semana pela Cidade Baixa.