Violência faz posto de saúde fechar as portas na Zona Norte de Porto Alegre

Violência faz posto de saúde fechar as portas na Zona Norte de Porto Alegre

Brigada Militar foi deslocada para fazer a segurança do local

Correio do Povo

Brigada Militar foi deslocada para fazer a segurança do local

publicidade

A Unidade de Saúde Wenceslau Fontoura, no bairro Mário Quintana, zona Norte de Porto Alegre, costuma funcionar entre 8h e 17h, mas, ontem, encerrou as atividades logo após a abertura, antes das 10h. No portão de entrada um aviso informava que a unidade permaneceria fechada o dia inteiro. Logo abaixo, o porquê: “por motivo de força maior a unidade de saúde estará fechada”.

Uma viatura da Brigada Militar (BM) foi deslocada para o local por volta das 10h30min e permaneceu na frente da unidade o dia inteiro. De acordo como 20º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo policiamento na área, o acionamento teria ocorrido devido a ameaças feitas a funcionários do posto de saúde. O policiamento da BM será feito nos horários de atendimento do posto. 

O fechamento repentino acabou deixando muitos usuários desamparados. Karen Valeria Novaque faz tratamento para largar o cigarro e foi uma das pessoas que procurou atendimento no posto de saúde na tarde de ontem. “Eu vi o cartaz ali e me assustei. Eu dependo do posto para o meu tratamento, que é fundamental. Espero que a gente não fique muito tempo sem atendimento”, afirmou. 

O acionamento da BM foi feito pelo prefeito Sebastião Melo (MDB) que comunicou, através do Twitter, que havia solicitado apoio da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) para conter a onda de violência no bairro Mario Quintana.

Segundo o chefe do executivo municipal, que também confirmou ter acionado a força-tarefa da Guarda Municipal, o fechamento da Unidade de Saúde Wenceslau Fontoura serviu de estopim para a medida. “Não há poder paralelo na Capital. Vamos agir juntos para garantir o serviço”, escreveu Melo.

O comandante da Guarda, Marcelo Nascimento, destacou que o objetivo era garantir que a população tivesse acesso aos serviços. “Nós estamos fazendo o planejamento para mantermos a ostensividade. Com os investimentos na segurança do município, vamos poder garantir os serviços para a população. De forma integrada com as outras instituições esperamos que a situação se normalize para que as pessoas possam fazer o uso pleno do serviço de saúde.

 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895