Às vésperas do fim do prazo para regularizar título, movimento é intenso em zonas eleitorais

Às vésperas do fim do prazo para regularizar título, movimento é intenso em zonas eleitorais

Quarta é o último dia para justificar voto ou fazer título, já a biometria só passa a ser obrigatória em 2022 na Capital

Henrique Massaro

Capacidade de 1,5 mil atendimentos por dia pode não ser o suficiente para atender a todos

publicidade

Quarta-feira é o último dia para regularização do título junto à Justiça Eleitoral. Precisa participar do processo, que em Porto Alegre está concentrado na 111ª zona eleitoral, quem deixou de votar ou justificar ausência nos últimos três turnos de eleições, quem tem ou completa 18 anos até o pleito de outubro e, portanto, passa a ter voto obrigatório, além de quem deseja transferir a titularidade de município.

Apesar de o cadastramento biométrico estar sendo feito durante a regularização, a biometria só passa a ser obrigatória na Capital a partir de 2022 e, por isso, não é necessário procurar o serviço por enquanto. Por desconhecimento desse tipo de informação, as filas junto à zona eleitoral, estavam ainda maiores do que o esperado na manhã de hoje. Diversas pessoas iam até o local e acabavam indo embora ao descobrirem que não eram obrigadas a regularizar sua situação.

Outras acabavam ficando horas na fila mesmo sem precisar da regularização, mas aproveitavam para não perder o tempo que passaram ali. Era o caso do casal Dirceu Pacheco, 40 anos, e Amanda Pacheco, 29 anos, que ficaram mais de uma hora aguardando o atendimento, mas descobririam, em seguida, que não tinham obrigação de se regularizar, já que deixaram de votar apenas no segundo turno da última eleição. O casal conseguiria normalizar a situação referente ao último pleito, mas, como não havia necessidade, o movimento em frente a zona eleitoral, que já era considerável devido à proximidade do fim do prazo, acabava ficando ainda maior.



Entre quem realmente estava no final do prazo, chamava a atenção na fila o grande número de jovens, como o estudante Euler Cardozo, que completa 18 anos em outubro. Em função de provas, ele não conseguiu ir até o local com antecedência e aguardava o atendimento no penúltimo dia do processo com expectativa para sua primeira eleição. “É uma experiência nova. Agora, sim, estou vendo que estou virando adulto”, disse.

As pessoas que estavam na fila, que ia até a esquina, não aguardavam direto pelo atendimento, pois, inicialmente, precisa ocorrer um agendamento. Por isso, de acordo com a gerente da central da zona eleitoral, Tânia Marra, mesmo que o funcionamento do local vá das 9h até as 19h, quem deixar para tentar se regularizar mais para o final do dia pode acabar não sendo atendido.

Ainda segundo ela, apesar de o serviço estar disponível desde novembro de 2016, a maior parte da população acabou deixando para o fim do prazo e a demanda aumentou muito rapidamente nos últimos dias. No ano passado, por exemplo, eram feitos cerca de 250 atendimentos por dia e, agora, a capacidade de 1,5 mil atendimentos dia pode não ser o suficiente para atender a todos.

Para não sobrecarregar ainda mais o serviço, ela salienta que não é o momento para cadastramento biométrico. De acordo com Tânia, esse processo começará em novembro de 2019 e ficará aberto até maio de 2020. Depois disso, ele reabrirá entre novembro de 2020 até maio de 2022.

No País, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aproximadamente 1,9 milhão de eleitores estavam irregulares há um ano. Para garantir a regularização, é necessário um documento oficial com foto e comprovante de residência. Homens que farão o primeiro título precisam, também, do comprovante de alistamento militar. Depois de agendar, o atendimento, que é feito através de uma entrevista e coleta da digital, dura cerca de 15 minutos. Com outros dois locais já com a demanda esgotada, o serviço em Porto Alegre está disponível apenas na avenida Padre Cacique, 96.  

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895