É um erro criticar Feliciano por ser evangélico, diz Marina Silva
Ex-ministra mostrou desagrado com a condução do debate em torno da legalização do aborto e homossexualismo
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"Não devemos fazer esse debate dessa forma", reiterou, exemplificando com ela própria: "O despreparo da Marina é porque ela está despreparada e não porque é evangélica". Como Feliciano, Marina também integra a Assembleia de Deus. O pastor considera o homossexualismo uma doença e prega a "cura gay".
Marina já havia defendido sua posição na noite de terça-feira, quando falou a estudantes da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Ela mostrou seu desagrado com a condução do debate em torno da legalização do aborto e homossexualismo e afirmou que Feliciano estava "sendo hostilizado mais por ser evangélico do que por suas declarações equivocadas". Marina defendeu que não se deve misturar religião e política. Lembrou que o estado laico é uma conquista e que as pessoas devem ser respeitadas independentemente da sua crença.
Governo Dilma
Questionada sobre o governo Dilma, a ex-ministra avaliou que "até agora é o governo do retrocesso na agenda ambiental, sem uma marca". "É no governo da presidente Dilma que se retirou as competências do Ibama para fiscalizar desmatamento, é no governo da presidente Dilma que se aprovou uma lei para anistiar quem desmatou ilegalmente 40 milhões de hectares, é no governo dela que se mudou o Código Florestal, é no governo dela que se deu poderes a ela para diminuir as unidades de conservação já criadas pelos outros governos", afirmou.
Marina observou que a presidente Dilma ainda tem tempo para fazer sua própria marca e torce para que ela faça um bom governo. "Fernando Henrique Cardoso foi a pessoa que ajudou a estabilizar a economia, o Lula na redistribuição de renda e justiça social, mas a presidente Dilma ainda não tem uma marca."
Em cruzada pela viabilidade da criação do partido Rede Sustentabilidade, Marina chegou ao Recife na terça-feira, quando teve encontro com o governador Eduardo Campos (PSB), que assinou a petição pela criação do partido. Hoje foi a vez do arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, engrossar o número de assinaturas pró-Rede.