Aécio pede renúncia de Dilma em discurso na tribuna do Senado
Senador do PSDB disse que País poderia passar por uma transição e resgate da economia
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Segundo o senador, a partir desta renúncia, o País poderia passar por uma transição e resgate da economia. "Para que a partir deste gesto, nós possamos iniciar uma grande agenda de retomada da confiança, dos investimentos e dos empregos para os brasileiros", afirmou. O senador fez o discurso após anunciar à imprensa o pedido de aditamento das informações da suposta delação do senador Delcídio Amaral (PT-MS), que citam a presidente, ao processo de impeachment que corre na Câmara dos Deputados.
A decisão foi tomada após uma hora de reunião com partidos de oposição na Câmara e no Senado. O aditamento será feito na próxima segunda. Segundo o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), o aditamento é possível porque ainda não houve a defesa prévia da petista.
A oposição pretende mostrar que houve ingerência da presidente Dilma nas investigações da Operação Lava Jato e que isso a impede de seguir na presidência da República. Também será solicitado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o compartilhamento das informações da delação para que sejam anexadas ao processo que pode culminar com a cassação da chapa presidencial de Dilma e Michel Temer.
Ao final da reunião, Aécio disse que, se confirmada as informações delatadas por Delcídio, ficará configurado que o País vive o momento mais grave de "toda crise moral" que se arrasta nos últimos meses. "O Brasil hoje está frente ao momento mais grave dessas denúncias. Se confirmadas, a presidente Dilma Rousseff não tem mais condições de continuar governando o País", afirmou o tucano.
O dirigente tucano disse que seria uma "omissão imperdoável" das oposições não permitir que a comissão do impeachment e o plenário da Câmara não analisem as informações de Delcídio. "É algo extremamente grave e não tenho visto até agora, por parte do governo, uma condenação tão enfática que nos leve a perceber que essas denúncias não sejam verdadeiras", completou Aécio.
Questionado se o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem condições de conduzir um processo de cassação de Dilma após se tornar réu na Lava Jato, Aécio argumentou que a decisão não cabe ao peemedebista porque é um assunto da instituição Câmara dos Deputados.
Para Aécio, seria um "absurdo" se as questões envolvendo Cunha impedissem a Casa de cumprir sua prerrogativa de dar sequência no processo de impeachment. "Seria melhor para todos o afastamento do presidente (Cunha). Mas lembro a vocês que quem preside esse processo não é o presidente da Câmara, é o presidente eleito pelo colegiado para presidir a comissão processante", declarou.