Aécio rebate Delcídio e diz que citações sobre ele são falsas

Aécio rebate Delcídio e diz que citações sobre ele são falsas

Senador tucano divulgou nota sobre os pontos em que foi mencionado na delação

AE

Senador tucano divulgou nota rebatendo os pontos em que foi citado na delação

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O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), divulgou nesta terça-feira  uma nota na qual afirma que as citações sobre ele feitas pelo senador e ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (sem partido-MS), em delação premiada homologada no Supremo Tribunal Federal (STF), são "todas elas falsas". Segundo o tucano, as menções são "mentirosas" que não se sustentam na realidade e se referem apenas a "ouvi dizer" de terceiros.

Na nota, o tucano rebate cada um dos três pontos em que Delcídio, que pediu desfiliação do PT mais cedo, citou-o. No primeiro caso, ele rebate o fato de uma fundação que a mãe de Aécio planejou criar no exterior. Segundo ele, é um "assunto requentado", amplamente divulgado pela internet, mas que foi investigado e arquivado pela Justiça e pelo Ministério Público Federal há vários anos.

O presidente do PSDB disse que, no ano passado, o PT voltou a apresentar a mesma "falsa denúncia" à Procuradoria-Geral da República. Entretanto, o assunto foi novamente arquivado. O senador citou que a mãe de Aécio cogitou vender alguns imóveis e aplicar os recursos no exterior, mas o projeto foi suspenso em função da doença do marido e a fundação não chegou a serimplementada.

"Esses valores foram transferidos pelo representante para uma conta e corresponderam à totalidade dos depósitos realizados que foram integralmente consumidos em pagamentos de taxas e honorários. A conta nunca foi movimentada", disse Aécio. "A criação da fundação foi devidamente declarada no Imposto de Renda da titular", completou.

O tucano disse que Delcídio repete "acusações falsas" quando o acusa de ter recebido propina de Furnas. No ano passado, o doleiro Alberto Youssef já tinha feito as mesmas declarações. O Ministério Público Federal, contudo, pediu o arquivamento de inquérito contra ele. "É curioso observar a contradição na fala do delator já que ao mesmo tempo em que ele diz que a lista de Furnas é falsa, ele afirma que houve recursos destinados a políticos", criticou o senador.

Por último, Aécio rebateu a citação feita por Delcídio no contexto da CPI dos Correios, do qual o hoje delator presidiu a comissão parlamentar. "O senador jamais tratou com o delator Delcídio de nenhum assunto referente à CPMI dos Correios. Também jamais pediu a ninguém que o fizesse", disse. "Nunca manteve qualquer relação com o Banco Rural, teve conta corrente na instituição ou solicitou empréstimos", completou.

O tucano destacou que o PSDB não atuou na extinta CPI com o objetivo de proteger ninguém. Ele disse que, pelo contrário, o posicionamento tucano sempre foi em favor do aprofundamento das investigações das denúncias. A assessoria do tucano incluiu cópia do relatório final da comissão, no qual o partido sugeriu o indiciamento de integrantes do partido envolvidos.

"Por fim, e ainda sobre esse assunto, é fácil demonstrar que Delcídio do Amaral não está falando a verdade. Ele diz que foi a Minas tratar com o então governador Aécio de assunto referente à CPMI. É mentira. O relatório final da CPMI data de abril de 2006 e a viagem de Delcídio a Minas ocorreu dois meses depois, no dia 7 de junho de 2006. O que demonstra que ele não poderia ter tratado de assunto da CPMI já encerrada. Na verdade, o encontro ocorrido foi a pedido dele para tratar do apoio partidário a seu nome nas eleições estaduais, em 2006, quando ele pretendia
ser candidato no Mato Grosso do Sul", concluiu.

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