Acusado no escândalo dos pardais alega depressão para não depor

O ex-coordenador de sistemas eletrônicos do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), Paulo Aguiar, que tinha depoimento previsto para segunda-feira pediu adiamento por problema de saúde. Ele iria falar para a Comissão Processante criada para investigar irregularidades na autarquia, após diversas denúncias de corrupção. Segundo o advogado de defesa, Daniel Gerber, Aguiar sofre de um quadro de forte depressão.

A Comissão se reuniu, na manhã desta sexta-feira, para definir as perguntas a serem feitas às 36 pessoas que serão ouvidas a respeito dos contratos de instalação de controladores de velocidade, a partir da próxima semana. De acordo com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), Gerber deve entregar um laudo médico na audiência marcada.

Paulo Aguiar responde a processo civil por improbidade administrativa, ação criminal por crimes licitatórios, processo administrativo disciplinar (PAD) que pode resultar em demissão do serviço público. Além disso, ele teve bloqueados os pagamentos de precatórios trabalhistas, avaliados em mais de R$ 1 milhão.

A leitura do material elaborado pela força-tarefa do Daer, encerrada em 14 de julho, que apurou as denúncias de fraude no órgão, e de documentos compartilhados pelo Ministério Público, PGE e Tribunal de Contas, levou os integrantes da Comissão a pedirem o depoimento de mais 20 testemunhas. Antes estavam previstos 16 depoimentos sobre os contratos de pardais. Quatorze audiências foram agendadas para segunda e quarta-feira.