Adão Villaverde tenta unificar PT para corrida à prefeitura da Capital
Presidente da Assembleia terá o nome referendado pelo diretório do partido<br />
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Mais tarde, acompanhado de representantes de quase todas as tendências internas que o apoiam (com exceção da Movimento PT), Villaverde reuniu-se com Pont no gabinete do dirigente estadual. O encontro durou menos de uma hora.
Pont se fez acompanhar de seu chefe de gabinete, Ubiratan de Souza, e Villaverde levou apoiadores como o articulador de sua pré-campanha, Gerson Almeida, o vereador Carlos Comassetto e o chefe de gabinete do governador, Vinícius Wu. Na reunião, ficou acordado que, ao longo do dia de hoje, e durante a reunião da executiva municipal do partido, será construída uma resolução de consenso entre os dois campos do partido que estavam disputando a indicação, para ser apresentada no encontro do diretório municipal que acontece no próximo sábado e vai referendar a pré-candidatura de Villaverde.
"O Raul teve um gesto extraordinário, que cria as condições para construirmos a unidade", avaliou Villaverde, que reafirmou que sua candidatura se manterá até a campanha de 2012. Considerado como reunião "quebra-gelo", o encontro serviu para que os petistas contatassem o presidente do PT nacional, Rui Falcão, que confirmou presença na reunião de sábado.
Números na Capital preocupam
Desde a terça-feira pela manhã, os dirigentes da Democracia Socialista admitiam a retirada da candidatura. Posição semelhante era adotada por dirigentes da Articulação de Esquerda. Lideranças do PT Amplo e da Esquerda Democrática defendiam que Pont permanecesse na disputa até o encontro de sábado e que a semana fosse dedicada a "cavar" dissidências entre apoiadores de Villaverde. Esperavam também por um amplo debate sobre as chances de cada um para chegar à prefeitura.
Os números, de fato, preocupam o PT, que analisa os dados das eleições de 2010. No ano passado, a deputada federal Manuela D'Ávila (que agora é pré-candidata do PC do B à prefeitura) fez, em Porto Alegre, 98.307 votos. Assim como ocorreu no Estado, também foi a mais votada para a Câmara na Capital. O atual presidente da Assembleia, deputado Adão Villaverde, foi o quarto mais votado entre os estaduais na Capital, onde fez 18.236 votos dos 47.758 que contabilizou no Rio Grande do Sul.