Advogado de Jardel alega inocência e complô contra parlamentar

Advogado de Jardel alega inocência e complô contra parlamentar

Defesa de deputado foi entregue nesta quarta-feira na Comissão de Ética

Samantha Klein / Rádio Guaíba

Jardel tenta evitar processo de cassação na Assembleia

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O advogado Nedy Marques entregou na tarde desta quarta-feira a defesa do deputado Mario Jardel (PSD) na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa. No momento, o caso é analisado por uma subcomissão de três deputados, que vai decidir se o ex-craque do Grêmio deve ou não ser submetido a um processo de cassação.

Marques baseou a defesa na alegação de que Jardel é inocente e foi vítima de um complô de correligionários do próprio PSD. “Há um conjunto probatório de que os acusadores têm interesse em ver o deputado cassado. São depoimentos sem compromisso com a verdade porque eles, sim, cometeram os crimes”, sustenta o defensor – que já foi deputado na Assembleia e se tornou o terceiro procurador de Jardel, depois que os dois primeiros desistiram.

O passo seguinte é a tomada de depoimentos de testemunhas de acusação e de defesa. Encerrado o trâmite, o relator Sérgio Turra (PP) vai ter cinco sessões legislativas para concluir o relatório, que pode ser aprovado ou rejeitado pela Subcomissão. Se aceito, o relatório será votado na Comissão de Ética. Se passar mais uma vez, o texto vai a Plenário.

Jardel foi denunciado pelo Ministério Público por uma série de crimes. Dados da investigação serviram de subsídio para o corregedor da Assembleia Legislativa, Marlon Santos (PDT)m encaminhar o pedido de cassação do político.

Na esfera penal, a Justiça aceitou denúncia contra Jardel e outras dez pessoas. Conforme o Ministério Público, entre fevereiro e novembro de 2015, o deputado e assessores integraram uma organização criminosa criada para se apropriar de diárias, manter funcionários “fantasmas”, exigir o repasse de parte de salários e de verbas indenizatórias de servidores, usar documentos falsos e lavar dinheiro. O valor desviado no período é estimado em R$ 212 mil.

No ano passado, Diógenes Basegio (PDT) foi o primeiro deputado cassado pelos colegas em 180 anos de história do Parlamento gaúcho.

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