Agnelo nega encontros com Cachoeira em Goiás e nos EUA

Agnelo nega encontros com Cachoeira em Goiás e nos EUA

Governador do DF depõe em sessão na CPI que apura as ligações do contraventor goiano

Correio do Povo

Governador do DF, Agnelo Queiroz, presta depoimento à CPI do Cachoeira

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Em resposta a questionamentos do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que apontou contradições entre suas declarações à Comissão Parlamentar mista de Inquérito (CPI) do Cachoeira e as interceptações telefônicas da Polícia Federal nesta quarta-feira, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), reafirmou não haver nenhum relacionamento do governo com o grupo do contraventor Carlinhos Cachoeira ou com a construtora Delta. “Querer forçar a realidade dos fatos para envolver alguém não é correto porque não tem nenhuma conexão do nosso governo com esses dois grupos. Isso está provado. Não tem nomeação. Não tem negócio aqui. Não indicou ninguém aqui no governo do Distrito Federal”, disse Agnelo. Ele também negou ter se encontrado com Cachoeira nos Estados Unidos, em visita que teria feito com representantes de laboratórios, e ter ido a Anápolis, também para se encontrar com o bicheiro.

O deputado Silvio Costa (PTB-PE) defendeu Agnelo, que para ele, “com voz clara, firme, pedagógica e convincente” mostrou a Brasília e ao Brasil que “está sendo alvejado pela quadrilha de Cachoeira”. “Não tem uma ligação do governador com Cachoeira, com Demóstenes. O que tem são os chamados encontros fortuitos. Quando o governador contrariou o interesse, aí eles ficaram com mais raiva ainda”, declarou.

Bate-boca entre Onyx e Jilmar Tatto esquenta sessão da CPI

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), discutiram no plenário da CPI do Cachoeira, durante o depoimento de Agnelo Queiroz. A confusão começou depois que Onyx questionou o fato de assessores de Agnelo que estavam em pé atrás do governador terem, segundo ele, feito chacota com as perguntas feitas pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). Irritado com a intervenção, Onyx pediu ao presidente interino da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), para retirar os auxiliares do governador do local, argumentando que eles estavam zombando dos parlamentares. Os assessores de Agnelo foram deslocados, por ordem de Teixeira.

Sampaio retomou as perguntas questionando o governador sobre quem o convidou a visitar a Vitapan, a empresa de Carlinhos Cachoeira em que ele esteve por uma vez quando era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O governador do DF foi lacônico, dizendo que o convite foi da empresa. Mas o tucano insistiu em uma resposta mais completa.

Diante do barulho na sala da CPI, Lorenzoni interveio mais uma vez, pedindo silêncio no ambiente para Sampaio continuar a fazer suas perguntas. O presidente interino da comissão questionou a nova intervenção do parlamentar do DEM, que o rebateu em pé. "O senhor não vai cassar a minha palavra", afirmou.

Foi aí que o líder do PT na Câmara disse, também em pé, que o deputado do Democratas estava querendo "aparecer". "Se ele quiser aparecer, vai fazer lá na Câmara", protestou Tatto, ainda se referindo ao fato de que a sucessiva manifestação de Lorenzoni na CPI tem por objetivo amenizar o fato de que um ex-senador do partido, Demóstenes Torres (GO), corre o risco de cassação por envolvimento com Cachoeira. O bate-boca parou depois que o presidente interino da CPI deu um pouco mais de prazo para Sampaio fazer suas intervenções.

Com informações da Agência Senado e Agência Estado

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